Numa saudável discussão futebolística com um colega benfiquista, após a derrota do Sporting no dérbi, a determinada altura ele pergunta-me de forma irónica:
- Mas tu queres ganhar o campeonato com aquela equipa?
Devolvi jocosamente:
- Não! Quero ganhar a primeira liga com os jogadores da equipa B!
Lembrei-me desta minha troca de galhardetes após o jogo de hoje do FCPorto e respectiva derrota em casa com o Estoril. Um resultado realmente justo porque, como se diz em futebolês, ganha quem marca!
Todavia mais uma vez ficou provado que um conjunto de muito bons jogadores não faz automaticamente uma boa equipa!
Ao invés, um grupo de miúdos (saídos de Alcochete), treinados por um jovem ilhéu e dirigidos por um presidente, também ele muito novo, conseguem paulatinamente escalar esta escarpa, que é o campeonato e estar a dois pontos (que podem ser três ou cinco, amanhã por esta hora!) do primeiro classificado.
Ultimamente tenho lido, em alguns diários de economia, opiniões sobre o futuro de Portugal… no pós-troica. Não obstante algumas ligeiras diferenças de análise, a maioria dos comentadores partilham da mesma ideia: Portugal não pode voltar ao que era dantes.
O Primeiro-ministro já o disse, em diversas ocasiões, que não se desviará do rumo traçado, mesmo que isso lhe venha a custar, como é previsível, as próximas eleições. Parece-me uma atitude anormalmente coerente e corajosa para um político.
Ao invés o líder do PS vai conseguindo acertar mais no seu próprio pé do que no governo. Hoje pretende uma coisa, amanhã quer outra e assim, de contradição em contradição, vai tentando levar o seu PS a uma vitória eleitoral.
Percebe-se que Seguro não está preparado para ser PM. Tal como não estava Passos Coelho. E é esta impreparação que se torna o calcanhar de Aquiles de António José Seguro. Dentro do PS surgem cada vez mais frentes de batalha contra o seu próprio líder. Mesmo não sendo publicamente assumido, percebe-se que há no maior partido da oposição um ambiente de alguma turbulência, com o intuito de minimizar a futura vitória de Seguro.
Este líder tenta, com a actual recusa de um pacto com o governo para o futuro, descolar a sua imagem das futuras medidas impostas pela troica. Um processo que lhe pode dar algumas alvíssaras… ou talvez não. Os futuros eleitores o dirão!
Pior quer ter um governo demasiado subjugado às vontades de entidades estrangeiras é termos uma oposição mole, fraca e demasiado volátil. Tivesse o PCP outro líder, com uma visão mais actual, e talvez fosse o grande ganhador no futuro acto eleitoral.
Até às europeias muita água há-de correr debaixo de muita ponte.
Há muitos anos o tema das conversas das segundas-feiras, pelos “paineleiros” de café versava, naturalmente, as incidências do futebol do fim de semana. Os golos marcados e falhados, os jogadores, as opções do treinador, as jogadas, as defesas, um ror de acontecimentos.
Hoje, porém, a discussão recaí quase sempre sobre as mesmas personagens: os árbitros. Os homens do apito passaram de figuras quase anónimas, para actores principais retirando, na maioria das vezes, aos verdadeiros intérpretes o mérito e o valor das suas jogadas.
Trago este tema a lume, porque Bruno de Carvalho apresentou diversas propostas para uma melhoria do nosso futebol. Entre elas apareceu o sorteio dos árbitros numa tentativa, quiçá quixotesca, de evitar (estranhas!!) influências de alguns dirigentes desportivos na escolha dos homens de negro.
Tenho a perfeita consciência que na arbitragem, tal como na vida, há pessoas muitos competentes e outras menos capazes da sua actividade. E é nesta última situação que é necessário, desde já, perceber como é que alguns árbitros chegaram à primeira categoria… Provavelmente começa aqui o verdadeiro problema. Mas adiante…
Em face do que tenho lido sobre o tal sorteio, concordo que ambas as partes – prós e contras – apresentam razões muito válidas para as suas defesas. Melhores árbitros para os jogos mais importantes, envolvam ou não os três grandes, ou sorteio puro e simples com a limitação de arbitrar mais que x jogos onde entre a mesma equipa.
A tentativa do actual presidente do Sporting em expurgar o negócio do futebol de alguns exageros e influências é bem visto por uma grande maioria de clubes. Estranho, todavia, que alguns clubes de grande implementação não afinem pelo mesmo diapasão. Porque será?
Porém pela primeira vez creio que é tempo de dizer basta. O que não vale de nada pois a Mãe Natureza é quem manda nestas simples coisas.
Mas sinceramente já me cansa esta humidade, esta permanente chuva, descarregada em bátegas quase diluvianas. Neste inverno já me molhei por diversas vezes. Uma delas trouxe-me uma constipação que custou a passar.
Outro dos males destas intempéries que vão assolando o nosso país é a quantidade de chapéus de chuva e sombrinhas barbaramente abandonadas pelos seus donos. Num destes dias contei mais de 40 numa das avenidas da capital. Mas o problema não é o seu abandono pura e simples, mas sim a consequência desse desleixo.
Com os ventos, estes utensílios passam a ser pequenas armas atiradas a face de um qualquer transeunte. E espanta-me que a pessoa, que abdica assim do chapéu, não o coloque num qualquer caixote do lixo.
Não custa nada e pode evitar certamente males maiores.
Não perfilo da mesma convicção daqueles que dizem que têm ou são amigos de adeptos de clubes adversários do meu Sporting. Assumidamente não tenho dessas amizades!
São obviamente apenas meus amigos os que gostam que o Sporting vença, que sofrem com alguns poucos desaires do Sporting, que consideram o Sporting, o melhor clube do Mundo. O resto para mim é mera… retórica.
Assim sendo a restante gente, não adepta do clube leonino e com quem me relaciono, são apenas meros conhecidos, colegas ou camaradas de trabalho e que existem apenas para me infernizar a vida e os dias quando conseguem alguma vitória a mais que o meu clube.
Não posso dizer que sou do Sporting desde pequenino porque simplesmente… não me lembro. Apenas sei que fui SEMPRE sportinguista. Com muito orgulho e imensa alegria!
Curiosamente é neste momento menos feliz do Sporting que o meu fervor cresce e se assume como filosofia de vida. E que os meus amigos adoram e os conhecidos detestam!
Segundo consta, António José Seguro foi também vítima de praxe, no seu tempo de estudante universitário, no ISCTE. Parece que o mandaram fazer um discurso onde só dissesse imbecilidades.
Após tanto tempo creio será hora de avisar o actual lider do Partido Socialista de que a praxe já acabou.