Regresso a um tema que começa a ser recorrente neste meu espaço: as passadeiras de peões. Já aqui e aqui lancei a minha opinião sobre este assunto. Porém o novo código da estrada que há pouco entrou em vigor não trouxe qualquer alteração à forma como os peões se devem (com)portar na estrada.
Dito isto, assumo que, como condutor não serei talvez o melhor exemplo no que se refere à minha relação entre viatura e passadeiras. Refilo muito, zango-me com os peões que atravessam a passo de caracol as linhas brancas e até já assisti, no meio da faixa, a uma discussão entre marido e mulher. Um horror…
Creio por isso ser tempo de se chamar a atenção aos peões para a forma como cruzam as nossas ruas. Educá-los logo na primária, no secundário, seja onde for.
Porque não são só os peões que têm direitos. Os condutores também! E estes, à custa dos seus automóveis, ainda pagam (muito) mais impostos!
Por vezes releio o que escrevi e sinceramente... não gosto. Mesmo nada!
Cometo quiçá o erro de me tentar comparar com outros que escrevem em espaços semelhantes a este, só que muito mais novos e amplamente mais competentes que eu.
assumo que a matriz da minha escrita não será esta, por muito que tente adaptá-la. Serei sempre um rústico, um homem que gosta de sentir a terra nas mãos, de respirar o pó levantado pela charrua, de cheirar o primeiro odor da terra molhada após um Estiio abrasador.
Esta é por assim dizer a minha verdadeira génese.
Gosto do Sol quente e da chuva forte, do vento gelado trazido da encosta da serra e da brisa quente de suão que queima a cherneca.
Antagonismos bizarros eu sei.
Mas é destas coisas que sou feito. Um naco disto, outro pedaço daquilo e a minha escrita reflexo disto mesmo: Pobre como o chão que me viu crescer. Tão arida como a terra que sujou os meus sapatos velhos.
De quando em vez dá-me um impulso de acabar com tudo. De não mais escrever. Mas radimaente mudo de ideias...
Nunca me atormentei com a falta de comentários ou opiniões aqui neste meu espaço. Essa será sempre a (livre) opção de cada um. E não posso nem devo obrigar ninguém. É uma mera questão de princípio!
Assim, escrever acaba por ser quase um tormento, tal a exigência que tento colocar na minha escrita...
Espero nunca ter que passar pelo horrível e impensável drama dos pais dos seis jovens, que em Dezembro passado foram levados pelo mar na praia do Meco.
Na altura escrevi uma pequena reflexão sobre esta tragédia e respondendo a um comentário afirmei que aqueles acontecimentos mereciam “profunda reflexão de toda a sociedade”.
Hoje, já a alguma inexorável distância e olhando para as notícias que vão chegando direi que, como pai que sou, é tempo de fechar de uma vez por todas este assunto. Nenhum dos jovens afogados nas águas frias do Atlântico regressará aos convívio dos seus e o estudante que conseguiu escapar vai, para sempre, ter de viver dentro de si com este drama de vida.
A justiça terá claramente de fazer o seu papel, mas tentar encontrar bodes expiatórios para os trágicos acontecimentos não vai devolver nenhuma vida nem, infelizmemte, evitar futuras tragédias.
Não quero com isto dizer que se deva branquear os acontecimentos daquela noite. Longe disso. Só que empolá-los da forma que se está a pretender fazer, não ajuda à descoberta da verdade… se a houver!
Ao que parece o jovem sobrevivente já terá tentado o suicídio. Mas obviamente que esta informação requer maior rigor e certeza. Todavia não me espanta nada que o pretendesse fazer. Viver com estes acontecimentos não deixa ninguém indiferente e incólume. Especialmente para quem os viveu “in loco”.
Há coisas na política que realmente eu não entendo. E uma delas prende-se com alguns ilustres da vida portuguesa, que adoram chegar-se à frente.
Falo claramente de alguns “presidenciáveis”. A tão longa distância das eleições presidenciais há já quem se assuma como “não-candidato”… Como se esta figura fosse tão ou mais importante que um candidato.
Acredito que por esta hora já se estejam a fazer suposições sobre eventuais candidatos a candidato e em face disso a tentar contar espingardas para uma longa batalha sem ter vencedor (para já!) antecipado.
Abordo este tema porque não gostei do que o Professor Marcelo disse esta noite na TVI. Como pode dizer que não é candidato quando ninguém, que eu tivesse ouvido, referiu que o Prof seria o candidato do Governo a PR.
A opinião de alguns comentadores não chega para um possível candidato deixar de ser uma possibilidade e passar a ser uma certeza. Por muito que custa a alguns pseudo-candidatos.
É por estas e por outras que os políticos são vistos na maioria como gente sem carácter nem categoria, para ocuparem os lugares para os quais foram “chamados” em nome de uma tal de democracia.
Entristece-me profundamente que estejamos (quase) todos, desde 2011, a pagar uma pesadíssima factura, para a qual não contribuímos, e os verdadeiros culpados, na sua emissão, continuem a pulular por aí, como de perfeitos inocentes se tratassem.
E provavelmente ainda consideram que estão em condições para irem a PR.
Se dúvidas houvesse aí está o prémio mais que merecido para Cristiano Ronaldo,
E até eu que nunca fui grande apreciador do jogador madeirense, ergo a minha taça em sua honra.
Parabéns Cristiano!
Só que no dia 31 de Outubrio do ano passado, escrevia aquium texto em que previa, desde logo, a conquista do troféu do melhor jogador do mundo pelo atleta madeirense.
Não, não me considero vidente mas a postura profundamente patética a que Josef Blatter se sujeitou publicamente, só estragou aqueles que votariam em Lionel Messi transferindo para CR7 as suas escolhas, já que Frank Ribéry sempre me pareceu o elo mais fraco dos três, sem prejuízo dos troféus conquistados pelo Bayern de Munique.
Eis um Cristiano coroado uma vez mais Rei do Futebol, precisamente uma semana após o funeral do Rei Eusébio.
... Não não estou a falar de nenhuma ressurreição.
Após sete dias de "Eusébiomania" que alastrou a toda a nossa sociedade é tempo de olharmos outra vez para o mundo em geral e o país em particular. E o Deus Eusébio pode finalmente, ao sétimo dia, descansar.
Entretanto continuamos pobres e à mercê de investidores que acreditam que este país é possível.
Eu não acredito, desculpem lá a coisa. Os nossos políticos sejam eles de esquerda e direita cada vez que dizem uma verdade cai-lhes um braço. Pelo que sei ainda todos têm ambos os braços.
Neste preciso momento preocupo-me apenas em saber se o meu Sporting consegue ganhar, esta noite, ao Estoril-Praia. E amanhã é outro dia!
Por causa do texto anterior um amigo de longa data enviou-me um video com as declarações do antigo primeiro-ministro José Sócrates, sobre o falecimento do Rei Eusébio. E... apenas acrescentarei que daquela personagem já nada me espanta.
Não bastava ter tirado um curso de Engenharia ao Domingo, vem agora provar que na infância o seu tempo de férias era dedicado aos estudos. Provavelmente detinha algum atraso em relação aos seus colegas de escola.
Talvez agora se perceba muitas das suas decisões!
E o Eusébio não merecia que gente desta viesse falar dele, publicamente. O Pantera Negra foi sempre muito mais importante para Portugal, que qualquer PM que tenha passado por São Bento!
Já muito se falou e escreveu sobre o triste falecimento de Eusébio da Silva Ferreira. Graças a Deus que a maioria do que se ouviu e leu, foram rasgados e merecidos elogios ao Pantera Negra.
Só que, como diz o povo no melhor pano cai a nódoa, e assim apareceram algumas figuras que, perante este fenómeno de popularidade que atravessou quase toda a sociedade portuguesa, saíram a terreiro com declarações que demonstram, no mínimo, uma pobreza de espírito e quiçá alguma tacanhez.
Começo pelas declarações do antigo Presidente Doutor Mário Soares. Aceito que haja alguém que não goste de futebol em particular ou até mesmo do desporto em geral. Porém e perante a morte de uma figura tão carismática como Eusébio o melhor seria… silenciar-se. Ficou mal nesta fotografia e dificilmente alguém esquecerá estas suas declarações. No mínimo lamentáveis para alguém que foi uma das personagens do século passado.
Mas infelizmente não está sozinho. No dia 6 o Doutor Marinho Pinto, ilustre e mediático advogado, criticava a forma como tinham decorrido as exéquias do maior futebolista português. E pior… com a agravante de se considerar benfiquista. Também aqui entendo a idiotice deste homem, que foi durante anos Bastonário da Ordem dos Advogados, ao perceber como pode o povo orgulhar-se de um mero futebolista.
Finalmente e obviamente menos desculpável são as palavras da Doutora Assunção Esteves, ilustre Presidente da Assembleia da República. As suas declarações e desculpas um tanto atabalhoadas sobre a eventual ida do féretro de Eusébio para o Panteão, podiam ter sido obviamente evitadas.
Há assuntos sobre os quais alguns ilustres personagens não deviam opinar, pois arriscam-se a cair facilmente no ridículo.
A morte de Eusébio, lançou este antigo campeão para o rol das personagens portuguesas com direito a ficar eternamente na nossa história. E há, neste país, quem ainda não consiga entender isso!
Este é o meu primeiro texto de 2014 que aqui escreveo. E não podia ter motivo pior que o de hoje, pois Portugal acordou com o choque da triste notícia da morte de Eusébio.
Já quase tudo se disse sobre este homem que foi um exemplo de futebolista para os da sua geração e não só...
Todavia para mim Eusébio terá o seu lugar na história de Portugal, como teve Vasco da Gama, Camões, Marquês de Pombal ou mais recentemente Amália Rodrigues.
Porque é de gente assim que também se faz um país!