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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

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Reciclar a praia?

 

A cidadania de cada um de nós difere da educação e formação que fomos angariando ao longo da vida.

Assim a consciência ambiental é, a meu ver, um dos aspectos mais importantes dessa postura como cidadãos. Foi baseada naquela consciência que surgiram, faz tempo, as campanhas e as Associações de defesa do ambiente, com dias dedicados às limpezas de matas e campos. Criaram-se outrossim, Institutos especializados e houve mesmo Ministérios dedicados apenas a este problema. Enfim uma panóplia de entidades e boas vontades para… quase nada.

Ainda estou de férias. E a praia tem sido o meu destino diário. Aqui, dedico algum tempo a longas caminhadas à beira-mar. Todavia tenho verificado, com imensa pena, que estes caminhos de areia molhada e macia estão infelizmente repletos de lixo: sacos de plástico, garrafas, latas de refrigerantes, copos, até roupa e calçado se encontram pacatamente no chão da praia.

Por isso todos os dias a minha mulher, no caminho que percorre comigo, vai apanhando o lixo e coloca-o num saco que depois despeja em local próprio. Pelo peso diário que vou medindo a “olhómetro” calculo que a minha mulher já tenha apanhado mais de 50 quilos de dejectos.

Acredito que nem todo o lixo tenha sido deixado pelos utilizadores das praias. Todavia há lá muito que é notório, que foi ali largado apenas por preguiça e má cidadania.

Muitos caminhantes que se cruzam com a minha mulher, admiram-se e elogiam o gesto altruísta dela, mas NINGUÉM tem a coragem e empenho de fazer o mesmo.

Provavelmente só dão a cara nas campanhas próprias, fornecendo ao próprio ego a alegria de serem bons cidadãos, pelo menos uma vez no ano.

O problema é que o lixo aparece todos, todos os dias… e curiosamente muito dele em praias de bandeira azul.

As nossas praias necessitam de reciclagem. Urgente.

 

A Música mais pobre

Cresci a ouvir esta música. Naquela altura não tinha para mim qualquer significado. Achava-a bonita e pronto.

 

Hoje sei que esta canão foi, não só um dos símbolos hippie do Woodstock, mas também uma música de esperança numa época conturbada da política norte-americana.

 

Morreu no dia 18 Scott Mckenzie aos 73 anos de idade. Deixa este e outros legados. Para ouvir e desfrutar.

 

 

 

 

Também publicado aqui

Shameless – “Os sem-vergonha” do futuro?

 

Está já enraizada nos nossos pensamentos a ideia de que os valores, que em tempos passados ainda não muito longínquos era válidos, deixaram de ter qualquer aceitação. Ou melhor foram colocados em causa por uma sociedade sedenta de coisas novas ou pelo menos de sentimentos diferentes.

Também eu quando jovem coloquei alguns valores, na altura instituídos, em causa. E utopicamente lutei pela alteração desses valores. Mas actualmente o sentimento que se vive é de que as alterações são tão frequentes que mudam a cada dia sem direito a qualquer discussão ou análise. Altera-se só!

Há quem chame a este frenesim, evolução. Aliás é à sombra deste conceito que se tem realizado as maiores barbaridades que mais tarde ou mais cedo nos vem tocar. E com naturais maus reflexos nas nossas sociedades...

Dando “lastro” a esta minha ideia chamo a atenção para uma série americana de nome Shameless (“No limite” – tradução portuguesa). Esta séria começou em 2004 na Inglaterra nos subúrbios de Manchester, mas foi reconstruída nos Estados Unidos com o mesmo nome.

Para quem não conhece a série, esta baseia-se na história de uma família de seis irmãos abandonada por um pai alcoólico (William H. Macy) e uma mãe de opções sexuais diferenciadas. É a filha mais velha de 21 anos, Fiona de seu nome (Emmy Rosum) que consegue impor alguma disciplina aos seus irmãos mais novos.

A série que é apresentada no Canal 2 da RTP à sexta-feira pode ser observada à luz da inversão de valores que sistematicamente temos vindo a assistir não só nos Estados Unidos, quase sempre pioneiro neste tipo de coisas, mas que se tem vindo a alastrar pelo mundo fora. E claramente Portugal encontra-se nessa rota.

Alcoolismo, droga, prostituição, incesto ou homossexualidade são temas comuns e abordados nos episódios de forma explícita e sem tabus. Não sendo obviamente exemplos a seguir Shameless mostra-nos o que poderá ser a nossa sociedade, num futuro próximo.

 

 

Um mau exemplo!

 

O futebol português jogado entre as nossas fronteiras é claramente diferente daquele que se joga lá fora. Senão vejamos:

- em Portugal um jogador só é castigado ao fim do 5º amarelo.  Assim os árbitros não se coíbem de mostrar amarelos por tudo e por nada (muitas vezes a pedido!!!);

- em Portugal todos os comentadores falam das arbitragens, sem conhecerem a maioria das vezes as regras essenciais do futebol.

- em Portugal os dirigentes desportivos tendem a defenderem o indefensável criando um ambiente quase explosivo

 

Posto isto, olhemos para o que aconteceu um destes dias com uma equipa portuguesa e com um seu jogador e percebemos como o futebol português intramuros vive uma crise de identidade (ou será seriedade?).

 

Pior que o empurrão de um capitão de equipa ao árbitro é a defesa impensável daquele clube ao jogador. Não se pode exigir seriedade somente aos outros. Temos de ser os primeiros a dar o exemplo. Custe o que custar, doa a quem doer!

 

Muitos dos meus amigos do clube de Carnide fazem gala em lembrar aos Portistas uma célebre corrida que José Pratas exibiu à frente de diversos jogadores do F.C.Porto, creio que numa final da supertaça em Coimbra. E com razão… Aliás para além deste caso muitos outros têm acontecido com aquele clube pelo tempo fora.

 

Os actuais dirigentes do nosso futebol não podem deixar passar em claro (leia-se sem punição) o que se passou na Alemanha. Na certeza de que se o fizerem, jamais um árbitro em Portugal será respeitado por todos os intervenientes.

 

Ao clube de Carnide tudo é permitido. E então àquele jogador que é grande (mas não é grande coisa!) ainda pior: marcar golos em cima do guarda-redes, cotoveladas nos adversários, empurrar os árbitros. E de tudo tem sido absolvido…

 

Até quando, senhores da liga? Até quando?

 

 

Ùltima hora

 

Pedro Passos Coelho apanhado a comer uma bola de Berlim pela ASAE na praia de Manta Rota, onde passa férias.

 

O bolo (ou a bola) foi imediatamente confiscado pelas autoridades e o PM foi identificado por atentado ao pudor.

Começam bem as férias de PPC!

 

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