A maioria dos ditadores julgam-se eternos. Mas quando numa bela viagem de comboio são traídos pelos seus "orgãos" de soberania tudo se torna finalmente mais claro.
O ditador da Coreia do Norte morreu ainda relativamente novo. Contava 69 anos. Deixa assim nas mãos do filho mais novo a responsabilidade de comandar um país à beira da miséria. O problema é que nos países dito democráticos a oligarquia ainda prevalece. E quando alguns partidos portugueses dão este país como um exemplo a seguir, eu só pergunto se eles falam a sério ou estão apenas a brincar?
E depois ainda querem que o povo vote neles... Já não há pachorra!
Esta caboverdiana de setenta anos foi, estranhamente (ou talvez não!), uma das minhas referências na música.
A história conta-se depressa: nos anos sessenta o meu pai, militar de carreira, esteve por inúmeras vezes em Cabo Verde.
De lá trouxe-me um dia, para minha enorme alegria, um gravador de bobines que ainda guardo e estimo, e com ele algumas gravações também em bobine, de mornas de Cabo Verde. Durante muuuuuuuuuuuito tempo ouvi as baladas quentes de um povo meio africano, meio europeu. Desconhecia obviamente na altura, de quem era aquela voz. Hoje mais do que nunca, tenho a certeza: era da Cesária Évora.
Esta senhora foi uma das vozes do mundo, como foi Amália, Piaf ou Nat King Cole.
- Atirador faz 4 mortos e dezenas de feridos na principal praça de Liége na Bélgica e suicida-se;
- Homem faz 2 mortos e 3 feridos num mercado em Florença, suicidando-se em seguida;
- Trabalhador da concessionária da Via do Infante atingido ligeiramente por tiro de caçadeira, quando se preparava para concertar um dos pórticos alvos de vandalismo.
Safa, nem em ataques à vida humana somos melhores que na restante Europa. Enquanto os outros matam que se fartam nós atiramos em pórticos da Via Verde.
“… Para pequenos países como Portugal e Espanha, pagar a dívida é uma ideia de criança… As dívidas dos Estados são por definição eternas…Foi assim que eu estudei…”
Bom, após ter escutado estas declarações, fiquei sem saber o que o JS estudou:
Se Engenharia, mesmo que ao fim de semana, na Universidade Independente ou Finanças num outro Instituto Superior.
Daí a palavra “coiso” antes do nome (nem sei o que chamar!!!).
Mas passemos ao que me espanta nestas declarações:
1 – Espanta-me que declare que estudou. Pelos exemplos dados em seis anos de governação deve ter sido, das duas, uma: ou muito mau aluno ou teve como professor um TS no pior dos seus momentos;
2 – Espanta-me que faça estas declarações num local (Paris) onde devia estará a aprender e não a dar palestras (provavelmente ainda recebeu algum, como subvenção);
3 – Finalmente espanta-me que os nossos políticos, do governo e da oposição, gastem tempo a ouvir e a comentar as barbaridades deste bestunto, ele que foi um dos causadores (não único, é certo!) do lamaçal em que ora caminhamos até ao fundo.
O que mais me custa perceber é como é que há gente que ainda o defende…
Portugal tem, obviamente, os políticos que merece.
Revi ontem com prazer o filme “Cinema Paraíso” de Giuseppe Tornatore de 1990. Desta vez a versão mais longa.
Uma belíssima história de encontros e desencontros entre o passado e o presente. Uma história de amizade e de amor. E curiosamente a diferença de idades é o que menos importa...
Uma pequena povoação numa Itália do pós-guerra ainda muita arreigada a velhos usos e costumes e um padre retrógado e reaccionário, convicto da sua única verdade. Uma criança amante de cinema e um projeccionista amante de crianças. Eis o mote...
Depois, as recordações de alguém que, após ter partido de casa regressa às origens, trinta anos passados, em busca do que a grande cidade jamais lhe dera: a felicidade.
Um exemplar que incluo nos filmes da minha vida e que após o ter revisto pela enésima vez, ainda me comove. O que não é fácil…
A notícia abriu os telejornais desta noite. Finalmente o BPN fora vendido a preço de saldo obviamente, ao BIC pela módica quantia de 40 milhões de Euros. Isto é, se me tivesse saído um Euromilhões daqueles chorudos podia, hoje, ser dono de um banco.
As coisas, na realidade, não são assim tão fáceis, todavia fica aqui o mote...
... Durante séculos fomos os colonialistas de Angola e outros países. Os portugueses retiraram daquele solo africano todas as riquezas que puderam a troco de (quase?) nada.
O imperialismo lusitano cortou cerce toda e qualquer forma do povo angolano se desenvolver...
E mais isto e mais aquilo…
Decorridos "apenas" 37 anos após o 25 de Abril, são os actuais angolanos armados em colonialistas que compram as empresas portuguesas. São os mesmos que se assenhoreiam da nossa mui frágil economia.
Pois é, onde estão agora os que lutavam publicamente contra os imperialismos e capitalismos norte americanos e outros que tais?
Hum, ou será por o dinheiro ser em Kuanzas já não há "ismos" para lutar contra?
Será naturalmente raro que numa secção destas coloquemos um filme recente.
Geralmente deixamos que os anos passem pela gente e num dia ou noite, sei lá, acordamos com um filme antigo na cabeça.
E pronto, vamos aqui, escarrapachamos as considerações que achamos convenientes e damos a conhecer aquilo que gostamos ou nos marcou num passado já muuuuuito distante.
Todavia, neste caso tenho de chamar a atenção para o filme que vi este fim de semana de nome Melancholia.
Podia agora rapar dos canhenhos e dicionários e inundar este espaço com adjectivos, comentários, críticas e... e...
Perfeito
Creio que será a palavra ideal para descrever este filme.
Estamos a iniciar a época Natalícia, tempo de prendas, boas comidas e doces. Bom, nada melhor então, para estragar a "dieta", que uma fava no bolo-rei do Europeu, no sapatinho de Portugal. POis é, omeçamos com os alemães e acabamos com os holandeses tendo a Dinamarca pelo meio. Pior grupo não podia ser...
Mas Portugal é próprio em ultrapassar adversários difíceis.
Paulo Bento, se for ainda nessa altura o seleccionador, vai ter uma tarefa herculeana para passar aos quartos de final. Mas com a tranquilidade que ele tanto costuma apregoar (leia-se jogar) até pode ser que haja uma surpresa.
Agora falta inventar um epíteto para os futuros seleccionados. Lanço daqui uma dica: e que tal "Os tranquilos"?