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LadosAB

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Saudades

Hoje deu-me para aqui, para as saudades...

 

... da palavra laranjada,

... da marca de refrigerantes BB (Bem Boa)

... dos cromos com bonecos da bola que enrolavam rebuçados (2 a um tostão)

... da série Daktari que se passava em África

... dos desenhos animados com o nome "Super Rato"

... dos gelados Rajá

... dos bilhetes de autocarro com números capícuas que eu guardava dentro de livros

... das pratas dos chocolates que eu tentava indireitar

... das latas com bolachas Maria

... dos discos pedidos

... dos Parodiantes de Lisboa

... do jornal O Século

 

E outras tantas coisas que agora já nem me recordo.

 

A vida tem destas fragilidades: vai à nossa frente, nós corremos atrás dela desenfreadamente e quando paramos já nem nos lembramos onde começámos a correr...

 

O passado não é uma fonte de tristeza mas um trampolim para o que a vida nos reserva. Quem não tem ou não sente o passado como algo construtivo não perceberá jamais o seu próprio futuro.

 

Praxes! Sim ou não?

Não tenho formação académica superior e por isso não me encontro sensibilizado para as praxes académicas tão em voga nesta época do ano. Por todo o lado é natural e comum ver-se juventude pintada e ridicularizada por aqueles que são mais velhos nas faculdades.

 

Porém todas estas praxes existem porque os chamados "caloiros" se sente impotentes perante uma chusma de estudantes, que apenas pretendem vingar-se do que lhes foi feito quando iniciaram a vida universitária. Nada tem de pedagógico e aquela ideia de a praxe ser parte integrante do acolhimento é obviamente uma treta.

 

Cito um exemplo: conheço alguém que tem um filho que na altura de entrar para a faculdade pela primeira vez já media o seu belíssimo metro e noventa e pesava muito acima dos 100 quilogramas. Era também praticante de raguebi num clube da cidade. A verdade é que este jovem quando entrou para a faculdade nunca foi "agraciado" com nenhuma praxe e não foi por isso que deixou de ser estimado e tirou o seu curso com óptimas notas e sendo sempre bem acarinhado pelos colegas de curso.

 

Obviamente que ninguém tentou obrigá-lo a assumir qualquer praxe, não obstante ele próprio ter dito que não se importava. Mas quem olhava para aquele "armário" de 18 anos de idade não tinha coragem suficiente para o enfrentar.

 

Assim, acho que os jovens deviam assumir as brincadeiras mas apenas intramuros, não deixando que cá fora se viesse a perceber o que se passava. Pois se há quem aceite as praxes com desportivismo e alguma coragem, há também quem não goste e se sinta constrangido.

Um país diminuído?

Todos conhecemos exemplos de gente que até há pouco tempo tinham fantásticos empregos e agora estão no desemprego. E calculamos como isso deve ser penoso, especialmente para quem tem responsabilidades assumidas. Para além das pessoas singulares, entra naturalmente neste rol as empresas, também elas a sofrer com uma crise virulenta, quase pandémica.

 

Todavia ainda há quem trabalhe e se esforce por fazer algo por este país. Quem produza e cumpra horários. Quem invista e procure soluções para os problemas.

 

São estas pessoas e empresas que pagam impostos. E logo à cabeça não vá algum arrepender-se...

 

Mas o que me custa é esta forma, que os diversos governos fabricaram, de dar dinheiro a quem não trabalha. O Rendimento Mínimo Garantido ou o Rendimento Social de Inserção serve na maioria dos casos para promover o ócio e a calacice. Ninguém está livre de amanhã encontrar a sua empresa encerrada ou então receber no seu telemóvel uma mensagem a despedi-lo. Mas o que custa, é eu trabalhar a semana inteira mais que o meu horário normal, sem receber nem mais um tostão, descontar uma imensidade de impostos e depois assistir a esta gente que passeiam pelas ruas à procura de um eventual emprego que eles próprios não desejam.

 

Há por esse país muita mata para limpar, muita praia suja a necessitar de intervenção, muito campo fértil abandonado a desejar amanho.

 

Pois é... O problema é que isto é trabalho duro e que faz calos nas mãos. E há quem ache que fica diminuído na sua personalidade por pegar numa enxada ou numa pá... Mas não! Não são eles que se diminuem, mas o país que mingua enquanto espera que alguém na Europa tenha pena de nós e nos dê a mão antes de afundarmos.

 

 

 

 

O destino de cada um...

... é feito de muitas e diversas formas.

 

Há tempos recebi um mail do um amigo a solicitar apoio financeiro tendo em conta a sua missão em África.

 

Fiquei admirado que aquele jovem largasse todo o conforto de uma casa e a companhia dos amigos, para partir durante não sei quanto tempo para terras de Angola.

 

Admirei-o por isso e ao mesmo tempo (porque não dizê-lo) invejei-o. Admirei-o pela coragem que assumiu, nos dias de hoje, em partir assim à aventura de uma missão, sendo um jovem de 26 anos. Invejei-o, não daquela forma vil como é costume em Portugal, mas de uma modo que me senti perfeitamente desarmado por pensar que, se calhar, ele vai ganhar uma vivência tão grande e tão enriquecedora que nenhum manual deste mundo lhe daria.

 

Desejo-lhe sinceramente toda a sorte do mundo e que Deus, que obviamente o talhou para este designío, lhe dê a coragem que só os eleitos merecem.

 

É um previlégio conhecer-te e ser teu amigo, Rodrigo.

 

Vê-mo-nos por aí.

 

 

 

 

 

 

Os livros da minha vida

Começo este tema com uma obra que considero fantástica: "O Valente Soldado Cheivk".

 

Uma história passada na Primeira Guerra Mundial e que tem como protagonista um soldado idiota (ou não?) que consegue sem grande esforço ir fugindo às idas para a frente de batalha.

 

Muito bem escrito com passagens hilariantes o autor Jaroslav Hasek remete-nos para o fundo das nossas idiotices, colocando-as num patamar altíssimo e sem hipótese de fuga.

 

Simplesmente soberbo.

 

Outro livro que li há muitos anos e que na altura gostei imenso foi o "Papillon". Um clássico imperdível. A estória de um prisioneiro nas prisões francesas em terras da América do Sul e das suas tentativas de fuga. Quem puder leia.

 

Finalmente Os Maias de Eça de Queirós. Talvez o romance mais bem escrito de toda a língua portuguesa. Hoje ninguém o lê. Nem na escola nem em lado nenhum. Mas devia ser obra de leitura obrigatória a todos os estudantes, fossem de que área fossem.

 

De regresso ao trabalho

O trabalho jamais me meteu medo. Enfrento diariamente esse "monstro" que os empregados tanto se queixam. Gosto de trabalhar, ser útil.

Este breve preambulo vem de encontro àquilo que ultimamente me perguntam, após as minhas longas férias: Não te custou regressar?

Eu respondo com a sinceridade do momento me obriga dizendo que não. No Facebook lancei uma pergunta sobre não estar aborrecido de regressar ao trabalho. Ninguém lançou palpites mas eu respondo: Eu descansei realmente!

Fiz o que me apeteceu, dormi, senti a vida a vir de dentro para fora e não de fora para dentro.

Prometi escrever aqui mais vezes. Agora que já não há Alviela.

Regressar ao trabalho não foi duro mas sim estimulante. Rever amigos e colegas, procurar novos desafios...

Até que um destes dias me canse.

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