Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

LadosAB

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Reflexões em fim de férias

É comum acusarmos o Governo, os políticos da Assembleia da República, o Presidente da República os líderes partidários, da actual crise que o país atravessa. Mas se formos ver ao pormenor esta famigerada e reconhecida maleita, descobrimos que ela acarreta consigo também um enorme deficit de valores. Valores que até há alguns anos eram perfeitamente assumidos pelos portugueses, na sua generalidade, passaram a ser voláteis e sem qualquer impacto na vida das pessoas. Hoje já ninguém cumpre contractos escritos quanto mais apalavrados. Actualmente ninguém quer saber da família quanto mais do ambiente. E pior de tudo é que nos momentos que agora correm, o que outrora era dado como algo que nem valor tinha, como é a amizade, agora repito, é um valor perfeitamente transacionável.

E cada vez se transaciona a preços mais baixos, de saldo. Tipo feira de Carcavelos...

Os problemas sociais têm vindo a bater a quase todas as portas, sabemos isso. Mas como podemos ajudar os nossos descendentes se somos nós que deturpamos os antigos valores.

A amizade, a solidariedade, o dar sem esperar receber algo em troca, a palavra que tinha forma, tudo tem vindo a desaparecer da nossa sociedade.

Pior que a crise, o desemprego, a (não) justiça é a ausência permanente de valores.

Uma sociedade assim não tem qualquer esperança no futuro e obviamente não sobrevive...

Eu e os animais...

Diz um  velho ditado o seguinte: "Quanto mais conheço os homens mais gosto dos animais". Lembro-me também que li algures esta pergunta: "Porque será que o melhor amigo do Homem não fala?"

Pegando nestas premissas direi que em ambos os casos há razões para sustentarem estas teorias. O homem relaciona-se mal com o ser humano e bem com os animais. Primeiro porque estes não têm a mesma linguagem e acima de tudo porque a preocupação principal de um animal é... sobreviver.

O homem por seu lado preocupa-se com tudo menos com a sobrevivência... (isto será tema para outro texto, claramente).

Por isso cada vez mais gosto dos animais, especialmente cães. Estes são sinceros onde o homem é cínico, são afeituosos quando o ser humano é repelente e acima de tudo são fiéis quando a humanidade previligia a falsidade.

O relato que a seguir descrevo aconteceu com o meu pai no tempo em que viveu na Marinha de Guerra, servindo o país. Numa das missões na Guiné adoeceu gravemente com papeira. A ordem médica veio no sentido de uma quarentena. Nesse navio havia um cão rafeiro de nome Jakumai ao qual o meu pai se ligou desde sempre e aquele a ele, de tal forma que durante toda a quarentena o cão não largou a tarimba onde o meu pai repousava. Saía apenas comer e alguma necessidade. Tive o previlégio de o conhecer. Bicho sem grande beleza e de raça desconhecida era muito inteligente e reconhecedor de amizade.

Hoje tenho uma cadela a quem só falta falar. Tudo entende e tudo percebe. E odeia que eu ralhe aos meus filhos, ladrando como a dizer: "Assim não!"

Gosto de cães e especialmente se são rafeiros.

 

Talvez um dia destes, um qualquer Soldado Chveik me possa arranjar um com pedigree... mas baratinho.

Regresso... à boa música

As férias, o Youtube e obviamente os anos já vividos levam-nos a uma mistura que pode ser explosiva ou encantadora.
Venho para este último caso pois o video que a seguir se apresenta é de alguém que foi uma das vozes mais discordantes nos anos sessenta e setenta, no que se refere à política americana da época. Todavia hoje é um homem já com alguma idade, com estatuto e um número de fans que não entendem realmente o que o cantor pretendia dizer com as suas canções.

Observando e sentindo

Nestes dias de ripanço, o meu olhar e os meus outros sentidos procuram outras coisas. Ando onze meses a ver caras e mais caras, trabalho e mais trabalho.

Agora posso olhar o horizonte na praia e reparar como dois azuis bem diferentes se confundem naquela linha quase no infinito. A água de um mar calmo reflecte o sol como um espelho. A areia quase branca e fina esvai-se por entre os meus dedos. O Sol tenebroso aquece-me a cara.

Gosto de me deitar à beira-mar, sentindo a água fria invadir-me o corpo. Á minha volta um sem número de pessoas vão-se recriando com as ondas que o mar devolve constantemente à terra. Há quem grite e ria, quem chore e barafuste. E há também aqueles que nada dizem, sentem apenas.

Depois o almoço regado a bom vinho branco bem fresco. Uma sesta "sevilhana".

E os sentimentos todos assim: à flor de pele.

Falta alguma coisa?

 

Um país a arder

É notícia permanente em todas as estações de tv e rádio: o país está a arder!

Pior que os fogos e as vítimas que ele acaba por fazer é esta incapacidade de lutarmos contra este flagelo, que todos os anos ensombra o Verâo lusitano.

Ele é o Primeiro Ministro e o Presidente da Républica, os Presidentes de Câmara das regiões vitimadas e os Comandantes das corporações, todos falam e acham que têm razão.

Mas o fogo seja ele colocado por mãos criminosas ou oriundo de razões naturais não entende nada de leis e nem se preocupa de quem são as coisas e de quem tem ou não razão. Queima e pronto!

Não há soluções perfeitas para estes casos, mas devia de haver vontade de os resolver. Duma vez por todas...

 

Já fiz esta pergunta algures: a quem serve estes incêndios?

 

Saibam responder e talvez saibam encontrar a solução.

 

Madrugada dentro...

São quase duas da manhã. Estou no jardim da minha casa, de portátil "em riste" a escrever. A noite está serena, muito serena. Ouve-se de vez em quando um pulgas a ladrar. logo outro responde. Estou de férias. Leio (já li um livro de 600 páginas) comecei ontem um segundo, escrevo aqui no blog, vou à praia, recomeço aos poucos e poucos a recuperar de um ano louco...

 

É o melhor das férias: ter tempo para mim.

 

Reposto algum sono em atraso, vem agora a vontade de actividade mais lúdica, quiçá intelectual. Falta-me apenas o desejo de pegar nos meus projectos mais antigos e explorá-los, dar-lhes mais vida. A televisão continua a ser um sector sem interesse. Os jornais só falam em desgraças, nada de alento. Assim sobra a escrita que agora vou tentar manter amiúde, mesmo depois das férias.

 

E este calor que não abranda! Para a praia está optimo, o pior é depois em casa...

 

Amanhã vou até à Beira numa viagem relâmpago, ir e vir no mesmo dia...

 

 

O fim do Jornal "O Alviela"

Foi com profunda tristeza que recebi a última edição do jornal regional "O Alviela".

 

Há seis anos quando o Padre António Ribeiro me convidou para colaborar jamais pensei ligar-me tanto ao jornal. Bem feitas as contas foram quase meia dúzia de anos a escrever o que bem quis e me apeteceu. E sem um reparo nem uma crítica... E que dizer dos números deste ano de 2010? Fantásticos...

 

Até o último número com aquela página toda a negro pintada com as letras garrafais: Fim de um ciclo, foi feita com grande mestria.

 

Gostei de ali trabalhar, de ali escrever. E de lá recebi grandes elogios e muitas e boas palavras de amizade e conforto.

 

É obviamente decepcionante assistirmos assim ao desaparecimento de mais um elemento da imprensa regional. Mas é isto a vida. Nasce-se vive-se e um dia partimos. O ciclo perfeito!

 

Quero finalmente aqui elogiar a Ana Luísa pelo seu testemunho e pela força (e empenho) que colocou nestes últimos meses. O jornal estava bem melhor e esta jovem mostrou ter garra e muito talento para a coisa da escrita.

 

Finalmente quero pedir desculpa aos que se sentiram visados em algumas das minhas palavras. Não era minha intenção magoá-los.

 

Que o rio que tantos anos deu nome ao Jornal alague as mentes autárquicas e ajudem a recuperar uma fonte de informação, regional é certo, mas naturalmente muito importante.

 

Até sempre!

Férias

O melhor das férias é não ter de olhar para as horas.

Hoje por exemplo almocei às cinco da tarde, dormi a sesta da seis até ás sete e meia e obviamente que tudo foi adiado para mais tarde. Jantei agora. São onze e meia de noite.

Recomecei nestas férias a ler, a escrever neste blog, a pensar noutros projectos.

Vivam as férias. Praia, sol, descanço e novas ideias.

O próximo ano vai trazer-me novos desafios. Tenho de recuperar as forças e a estaleca para os enfrentar.

É assim a vida... Um corropio de desafios.

É bom sinal...

Prova que estou vivo!

 

Reflexões em tempo de férias

Morreu o António Feio! Um actor que lembro desde criança. Uma referência no teatro, no cinema e na televisão. Gostava dele e pronto!

Morreu o Mário B. Resendes que foi director de um dos maiores jornais nacionais. Gostava dele e pronto!

 

E agora falta morrer quem? O PM? O PGR? O PR?

 

Não interessa! O que realmente importa é que estou de férias. Recomecei a ler (e a escrever). Ando com sono mesmo dormindo mais horas. O cansaço de um ano vem agora à flor da pele.

 

Quero recomeçar a escrever o meu livro ainda muito cambaleante devido à sua juventude. Precisa de trabalho, muito trabalho.

 

O calor aperta! Bebo algo fresco e recomeço.

 

Tal como a vida de cada um de nós: recomeça a cada instante e nós nem damos por isso.

 

Que dias parvos vivemos...

 

 

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

O meu livro

Os Contos de Natal

2021
2022

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2011
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2010
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2009
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2008
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D