Também sou pai…
As sociedades ocidentais têm sérias dificuldades em lidar com a morte. A perda de um familiar ou amigo é, para quase todos nós, tal como a própria palavra refere, uma perda! E obviamente que este sentimento agudiza-se quando envolve gente (muito) jovem.É costume dizer-se que, pela lei natural da vida, devem ser os filhos a enterrarem os pais, jamais o contrário. Mas essa tal de vida não entende destas filosofias populares e arrebanha qualquer um de nós… E quando menos se espera.
Dos trágicos acontecimentos deste fim de semana no Meco ressai para além da dor profunda da morte, a tenebrosa amargura dos familiares e amigos, por não terem um corpo. Creio ser uma sensação de vazio interior que jamais será preenchido. E a revolta que vai crescendo no íntimo daqueles pais será uma ferida permanentemente aberta.
Há ainda uma questão que ficará, eternamente, sem resposta e que se resume no seguinte: porquê o meu filho?
Como pai, nem consigo imaginar a dor que sentem, neste instante, aqueles que perderam os seus descendentes!
De todo!