A alegria (in)contida do primeiro lugar
A euforia com que eu, como sportinguista, vou vivendo estes dias, contrasta profundamente com a frustração que passava durante o mesmo período, no ano passado.
Clubite à parte, reconheço mérito ao treinador e à restante equipa técnica do Sporting, no actual lugar da classificação. Também é sabido que não joga na Liga Europa e foi prematuramente eliminado da Taça de Portugal, o que justamente retira aos jogadores leoninos muitos quilómetros.
Os adversários directos e indirectos olham para este quase fenómeno leonino e tentam perceber o que se passa para os lados de Alvalade.
Nenhum adepto do Sporting, por mais optimista que fosse, jamais imaginaria, após um ano para esquecer e jamais repetir, que em vésperas do Natal a liderança tivesse caído no “sapatinho” verde.
E a gigantesca diferença entre estes últimos meses e anos anteriores prende-se, acima de tudo, com a forma como a equipa do Sporting aborda os jogos, jogando muito bom futebol e aproveitando-se, naturalmente, dos deslizes dos adversários mais directos.
Num passado demasiado recente, dificilmente o Sporting se aproveitaria de alguns maus resultados de Porto e Benfica. E é aqui, neste preciso instante, que o treinador tem realmente importância e influência. Limpar as mentes de erros anteriores, focá-los no que é realmente primordial e depois… dar-lhes asas!
Há na equipa de futebol do Sporting uma alegria que não via vai para muuuuuuitos anos. Os nossos antagonistas vão desvalorizando, como é natural, este lugar primeiro que o rei Leão ocupa. Mas chamo a atenção que estamos a três jornadas do fim da primeira volta. E ainda haverá um Benfica-Porto…
Diz o povo “Candeia que vai à frente alumia duas vezes”. Não sei se este caso do sucesso repentino e inesperado do Sporting equivale a essa dupla luz. O que já deu para entender é que passámos a ser (novamente!) respeitados pelos nossos mais directos adversários.
E por mérito próprio.
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