O meu livro de 2013
A proposta colocada pela plataforma Sapo pareceu-me justicadamente interessante. Neste pressuposto eis-me aqui para de uma forma séria e coerente escrever sobre as minhas leituras deste ano. Curiosamente não tenho o hábito de escrever sobre os livros que vou lendo ou relendo, mas desta vez lá vai ter que ser.
Há sempre uma obra que nos marca para sempre, qual tatuagem. E se não é todos os anos que leio esse livro pelo menos de dois em dois é relido. No meu caso falo da “A Cidade e as Serras” de Eça de Queirós.
Mas obviamente não é desse que quero aqui escrever hoje. Mas de um velho clássico que se tornou para sempre um marco e uma referência. O autor Ernest Hemingway, a obra “Por quem os sinos dobram”.
Este era um daqueles livros sempre adiados na sua leitura. E acreditem ou não, nunca soube porquê! Percebi que necessitava de toda a minha atenção, mas surgiam sempre outros exteriormente mais apelativos. Todavia a maioria deles assemelhava-se à fruta espanhola: muito rica no olhar, pobre no paladar.
Mas quando lhe peguei para finalmente o ler, aquele clássico não me desiludiu. Duro, pesado, mas profundamente humano, foi um gosto lê-lo. E quando encerrei a contracapa só soube pensar o seguinte: “Já não se escreve assim, nem há estórias destas para ler”.
Naturalmente que hoje em dias os interesses da escrita passam por outros temas e o romance tem vindo a perder fulgor. Não é in ler-se um bom romance!
Mas eu que nunca fui muito de modas continuo, pelo contrário, a buscar aquele tipo de escrita para me acompanhar num serão à lareira nestes dias frios de Inverno ou então nas noites cálidas de um Estio saboroso.
Ler é ter connosco uma companhia sempre silenciosa mas omnipresente.