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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

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Ganhar e perder também é democracia

 

Após as autárquicas do passado Domingo quase todos os partidos, exceptuando claramente o PSD, reclamam vitória. Uns porque ganharam mais votos, outros porque têm mais câmaras e outros… só porque o PSD perdeu, já ganharam.

 

Mas se lermos com algum rigor os resultados percebemos que as vitórias, ditas pelos próprios, esmagadoras, não o foram assim avassaladoras. Nem mesmo as derrotas!

 

Passo a explicar!

 

Em Julho do ano passado Pedro Passos Coelho compreendia à distância, que as medidas e reformas implementadas pelo seu Governo, numa total submissão à vontade de uma troika profundamente insensível ao país, não estavam a ser bem aceites pela generalidade da população.

 

Em pouco tempo destrui-se a economia, reduziu-se a massa salarial da generalidade dos portugueses, atirou-se para o desemprego milhares de pessoas. Um país desmoronava-se com um castelo de areia.

 

O actual Primeiro-ministro já nesse início de Verão de 2012 percebeu com alguma clareza que numas próximas eleições seria severamente penalizado pelo eleitorado. Era natural! Foram as autárquicas como podiam ter sido as Europeias...

 

Para ajudar ao descalabro eleitoral ora evidenciado, Pedro Passos Coelho e a sua máquina partidária, também não souberam escolher alguns dos candidatos autárquicos: Meneses no Porto, Seara em Lisboa ou Moita Flores em Oeiras, foram apenas alguns dos casos mais evidentes dessa má opção.

 

Seja como for o PSD foi para estas eleições com as espectativas muito em baixo. Só um idiota era capaz de acreditar que o partido do governo laranja fosse ter agora melhor votação, após dois “annus horribilis” de governação. Desta forma a derrota é assumida sim mas não é tão estrondosa como alguns comentadores pretendem fazer passar.

 

Da mesma forma o partido liderado por António José Seguro não obteve uma fantástica vitória. No actual contexto político e social foi demasiado muito fácil ao PS ter uma votação superior ao PSD. Mas mesmo assim o PS foi também penalizado. É preciso não esquecer que das 33 edilidades perdidas pelo PSD, só 18 passaram para os socialistas. O que equivale dizer que houve deslocação de votantes do PS para a esquerda – PCP – ou até para a direita – CDS.

 

Na verdade coube ao PCP o grande feito da noite das eleições, algo que já não acontecia vai para muitos anos. Subiu em número de eleitores e de câmaras conquistadas, o que equivale a dizer que o discurso de Jerónimo de Sousa teve bom acolhimento junto da população desesperada e impotente.

 

O CDS foi uma das surpresas da noite. Cinco câmaras que lhe caíram nos braços quase sem saber. Uma prova de que a escolha de (bons) candidatos também se mostrou importante, não obstante fazer parte do actual Governo.

 

Quanto ao Bloco de Esquerda, mantém a queda livre já verificada em eleições anteriores e perdeu a única câmara que conquistara. Um partido condenado pelos seus próprios dirigentes à extinção.

 

Resta uma palavra para os independentes. Grandes conquistas mostrando desta forma à sociedade, que nem só de partidos políticos se faz a (boa) democracia.

 

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