Merkel versus Merkel e outras considerações
Como é já sobejamente conhecido, a Angela Merkel sucedeu… Angela Merkel. Com ou sem maioria absoluta, a matriarca da Europa vai continuar a ditar as leis para a restante União Europeia.
Ainda não cheguei a entender se esta manutenção da Chanceler alemã é proveitosa ou não para Portugal. É que, bem vistas as coisas, acenaram-nos com uma ida aos mercados na passada segunda-feira e… “rien du tout”. Continuamos portanto, à espera de melhores dias ou seja, juros mais baixos.
A Grécia renegoceia um terceiro resgate. E de resgate em resgate o país helénico vai deixando os credores à beira de um ataque de nervos e deveras receosos de não verem um tostão dos dinheiros que emprestaram.
O actual governo de Pedro Passos Coelho tenta fugir a um segundo resgate, mas o mais provável é não o conseguir. A economia, mesmo crescendo a percentagem de um pelo capilar, não é suficiente para minimizar o nosso imenso défice, nas contas públicas.
O FMI já assumiu que a política de austeridade imposta a Portugal, destruiu um frágil tecido empresarial e com os respectivos custos económicos, sociais, políticos e acima de tudo humanos.
Cresce em alguns sectores a ideia de uma saída de Portugal e da Grécia do Euro! Todavia o impacto que essa decisão teria essencialmente na nossa sociedade, tornaria o nosso país perfeitamente ingovernável e sujeito às maiores atrocidades sociais que se possam imaginar.
Não creio, no entanto, que haja desde já esse perigo. A Alemanha tentará segurar os países europeus periféricos ou “P.I.G.S”, como chamou o Financial Times, até onde conseguir.
Entretanto os eurocépticos continuam atentos. E preparados!