Autárquicas – o único voto de proximidade
Custa-me entender o intuito político de alguns comentadores televisivos. A “vontade” que estes cavalheiros têm, em colarem os resultados das próximas eleições autárquicas às más decisões deste governo, parece por demais evidente.
Não bastava os líderes da oposição usarem e abusarem da demagogia eleitoralista para atacar o executivo liderado por Passos Coelho, para surgirem estes profundos “senhores da verdade” alvitrando cenários num futuro que ninguém conhece.
É por demais sabido que as próximas eleições tendem a ser actos de proximidade. Muitos dos candidatos autárquicos pouco ou nada têm a ver com os partidos debaixo qual concorrem. Há mesmo alguns que mudam de partido para poderem continuar a concorrer. Se o presidente da Junta é alguém competente, próximo, dialogante e sério, concorra ele por que partido for e ganhará quase de certeza.
Para piorar aquelas previsões há que ter em conta os casos de freguesias que se fundiram, originando com isso diferentes resultados tendo como base as anteriores autárquicas.
Estamos pois perante um (mau) fenómeno televisivo, cada vez mais em voga e em crescendo. Fenómeno este que em nada contribuí para um melhor esclarecimentos do eleitorado, como se isso ainda fosse necessário para o mero votante luso.