Alguém já fez as contas?
Fui fumador durante muitos anos. Demasiados até!Só que num dia de Verão quente, numa esplanada sobranceira ao mar, decidi, em boa hora, deixar de fumar. Assim de repente. Sem razões médicas associadas, apenas a vontade de quem achava que já tinha fumado o que devia.
Mas não se pense que foi fácil aquela opção. Muuuuuuuito longe disso. Quem me conheceu nessa altura calculava o quanto eu fumava: três maços por dia e uma onça de cachimbo. Era carga, sim! E libertar-me desse peso…
Obviamente que a decisão de deixar de fumar arrastou consigo o eliminar de alguns hábitos, que por assim dizer, ajudavam ao apetite pelo cigarro. Uma delas foi o café, a outra o álcool. Evitando ambos, consegui com alguma facilidade libertar-me do jugo tabagístico. Meses mais tarde fui mais uma vez introduzindo nas minhas refeições o café e o copo de vinho sem que me surgisse qualquer apetite pelo cigarro. Até hoje!
Este relato de vida vem a propósito de algo que tenho vindo a reparar nos últimos tempos. A proibição de fumar nos locais de trabalho “atirou” para as entradas das empresas milhares de homens e mulheres que de cigarro em punho vão queimando notas de euro!
Não sou um fundamentalista anti-tabagista, mas adoraria saber quanto tempo se perde nestes intervalos forçados. Há estatísticas e relatórios para (quase) tudo, mas curiosamente ou talvez não, jamais vi um estudo que analisasse este fenómeno recente.
Provavelmente há quem considere que fumar não é um acto de submissão mas uma gesto de invulgar intelectualidade.
Eu sei que há gostos para tudo!