Na minha cidade - Gordura não é formosura!
Nota de abertura
O caso que hoje presenciei deu-me a ideia para “abrir” um espaço, ao que mais de genuíno vou conseguindo assistir em Lisboa. Por isso o nome “Na minha cidade”. Desculpem alguma linguagem menos própria. Mas neste caso não houve como evitá-lo.
Comecemos então!
Lisboa, 17 e 30 do dia de hoje.
Vou descendo uma avenida de carro, devagar. Reparo que a alguns metros aproxima-se uma passadeira de peões. Da esquerda surge então uma jovem muito roliça saboreando um bolo. Percebe-se o porquê de tanta gordura. A rapariga entra então de supetão na passadeira obrigando o carro que subia em sentido contrário a fazer uma travagem forçada. Entretanto eu já me imobilizara para lhe dar a devida passagem. Entretantp o condutor da outra viatura baixa calmamente o vidro, ao qual se segue o seguinte diálogo:
- Estás tão gorda que nem consegues parar antes da passadeira.
A rapariga vira-se para o condutor e responde:
- Vai passear cabrão!
Resposta pronta:
- Sou cabrão porque tenho uma mulher boa, não é como tu gorda e malcriada.
Espantada com a rápida devolução do seu antagonista e sem mais argumentos desfiou então, em altos berros, um rol de epítetos de um colorido imenso.
À boa maneira bairrista de Lisboa.