A escravatura do novo século
Durante séculos a história mundial foi (quase) sempre regida por ditadores. O povo existia não para se sublevar mas para trabalhar, unicamente. E o fim da escravatura foi talvez o início de novas ideias para o mundo.
Nos dias de hoje é impensável que haja escravatura humana ou outras visões medievais da sociedade. Mesmo em países onde, por razões geralmente ligadas a conceitos e crenças religiosas, as mulheres ainda são vistas como seres inferiores, mesmo nesses países repito, as coisas tendem a tornarem-se diferentes.
Só que há novas formas de escravatura… Todas elas a coberto de algo a que muitos chamam de evolução e que não passam de formas encapotadas de servidão humana. Um dos exemplos são as televisões.
O poder que advém do pequeno écran é tão grande que (quase) ninguém resiste a ele. Especialmente os políticos, sejam eles governantes ou não, sentem uma profunda atracção pela “caixa que mudou o mundo”. Controlar uma estação de televisão é ter um poder de alterar a realidade (leia-se verdade!!!).
É por isso muito perigoso acreditar em tudo o que nos apresentam. Diz o povo que uma mentira dita muitas vezes passa a ser verdade… É com base neste lema que muita gente em Portugal e não só se tem tramado. E pior, os julgamentos da opinião pública, fomentados pelas estações televisivas, são na maioria das vezes uma forma de pressão, em total prejuízo da própria justiça.
Faz por isso muuuuuuito tempo que não leio jornais, sejam eles diários, semanários ou meramente desportivos. Também raramente vejo televisão e a única coisa que vou ouvindo é a rádio, pela música exclusivamente. Através da internet vou tentando estar mais actualizado com os acontecimentos que se vão desenrolando no mundo. Mas mesmo esta plataforma carece de alguma seriedade e muito rigor.
A escravatura que os “midia” impuseram nas nossas sociedades é, provavelmente bem pior que aquela que era infligida pelos senhores feudais aos camponeses, na Idade Média. Cada vez se pensa de forma mais igual.
Urge por isso criar formas de libertação do jugo mediático. Não bastam Provedores ou Autoridades especializadas para de alguma forma porem cobro a este género de escravatura. Custe o que custar, doa a quem doer a verdade é uma só. E jamais deve ser usurpada.