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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

16 anos? Já?

Este blogue completa hoje uns maravilhosos... 16 anos.

Na vida de um ser humano esta idade representa aquela linha, quantas vezes ténue, em que se deixa definitivamente de ser um adolescente rebelde para se tornar num jovem com responsabilidades.

Ora por aqui vive-se este aniversário com um entusiasmo moderado, porque os anos passam e eu não fico mais novo.

Escrito este introito, reconheço que dou comigo a perguntar amiúde aos meus botões: será que vale a pena esta disciplina diária?

Mas os malditos abotoadores nunca me respondem e como quem cala consente, por aqui vou pairando, com uma escrita a requerer mais competência e assertividade.

Entretanto e através dos meus dados, diariamente actualizados, posso com toda a segurança comunicar que aqui foram publicados mais de 5000 textos. Dos mais variados temas, muitos deles meras opiniões, sem aquela prepotência de considerar que tudo o que penso é verdade.

Não escrevo para ser conhecido e muito menos para me tornar um ilustre personagem desta vida. Escrevo porque gosto e me sinto bem ao fazê-lo. Nada mais me move.

Por fim, se existir por aí alguém que não goste do que escrevo… temos pena. Não estará nos meus projectos mais próximos, fechar esta loja.

Uma derradeira e calorosa palavra para todos os leitores e comentadores que por aqui vão passando e deixando sinal da sua existência: bem-hajam!  

Aproxima-se a Primavera

Hoje dei conta que o Sol já aquece! Com tal intensidade que andei no terraço em tronco nu a lavar o meu carro.

Portanto eis o primeiro sinal de que a estação da renovação da vida está para chegar.

Muita gente adora esta altura pelas flores, pelos verdes campestres, pelas paisagens primaveris. Mas há um reverso da medalha, pois é o tempo do polén e das consequentes alergias... para quem sofre delas. Felizmente não sofro dessa maleita.

Termino com a notícia que as minhas roseiras já começaram a abrir. Então este ano que tenho novidades!

Logo aqui colocarei as fotografias devidas!

 

Os fantasmas da estrada!

Todos nós sabemos que há óbvias diferenças entre homens e mulheres. Serão dois mundos diferentes que bem ajustados se completam. Os homens vêem o mundo de determinada maneira, as mulheres geralmente de forma oposta.

Não pretendo com isto dizer que um dos sexos é mais forte que o outro, muito longe disso. No entanto há características próprias a cada um e não há nada a fazer quanto a isso.

Uma das propriedades do homem e que raramente se vê na mulher é a maneira como aquele se relaciona... com o seu carro.

Enquanto para as mulheres um automóvel é somente mais um objecto do qual se serve para ir trabalhar, às compras ou somente passear, assumo, sem grande receio de errar, que este relacionamento não se plasma no sexo masculino. De todo!

Assim para a maioria dos homens um carro é um apêndice de si mesmo, um alongamento da sua pessoa e consequente personalidade. Certamente que nem todos serão assim, eu não sou, mas a maioria... (ai que eu conheço tantos!!!).

O meu carro serve para aquilo que necessito e fico olimpicamente aborrecido quando tem algum problema. Tanto pode ser um furo, como uma lâmpada fundida ou uma qualquer mensagem mais bizarra que nem sei o que é. Fora isto ando devagar e nunca refilo com os outros.

Conheço muitos homnes que fora do carro pautam a sua vida por calma e serenidade, diria que são quase amorfos, para no segundo seguinte a se sentarem num veículo se transformarem em verdadeiros monstros da estrada. Recordo como exemplo um antigo chefe que num certo sábado fomos todos almoçar longe da capital. Eu fui no carro dele e aquela paz de alma com quem convivia diariamente no trabalho modificou-se de uma maneira quase monstruosa. Nunca mais fui com ele no carro... fosse onde fosse. Safa!

As escolas de condução podem ensinar a conduzir, mas jamais ensinarão alguém a lidar com os seus fantasmas interiores.

Perfume maior!

1Foto 1 texto

Resposta a este desafio!

Fui sempre pessoa de usar um bom perfume. Geralmente nunca comprava o da moda nem aqueles que eram muito publicitados.

Sempre gostei de aromas amadeirados e por isso a água de colónia que usava e ainda uso (se bem que agora com outros odores) custa "uma pipa de massa". Mas como passo muito tempo em casa dá para muito tempo.

Todavia o que é que um perfume tera de ligação com o tema de hoje, perguntar-me-ão com toda a propriedade.

É que a naturaza tem aromas e odores fantásticos. Basta cheirar uma rosa ou colocar a mão num mangerico... Porém o perfume maior da natureza será sempre o de uma laranjeira em flor.

Como a minha do meu quintal e que a foto infra ilustra.

Pena que não possamos cheirar!

20240301_153951.jpg

A casa que não compraria...

... a minha!

Ontem esteve cá em casa um amigo de há muitos anos. Tem menos 15 anos que eu, o que equivale dizer que o conheci ainda miúdo. Cresceu, criou família e tem diversas ocupações. Uma delas é comprar e vender casas. 

Na nossa conversa de ontem acabámos por falar desse negócio tão em voga como próspero e a determinada altura perguntei qual o valor aproximado da minha casa.

Pediu algumas especificações como área, número de quartos, casas de banho e acima de tudo localização. No telemóvel tinha uma aplicação que dava mais ou menos um valor. Disse-me um!

Assustei-me! Vinte e quatro anos passados e se eu vendesse a minha moradia poderia ganhar três vezes mais do que ela me custou, isto é, os valores do imobiliários estão tão inflacionados e há tanta especulação, que nos dias que correm dificilmente um casal jovem conseguirá adquirir uma habitação.

Poderia optar por fazer uma, provavelmente sairia mais barata, No entanto para tal é necessário ser muito mas muito paciente para lutar contra uma burocracia autárquica que grassa nas edilidades.

Não estou obviamente vendedor, ainda assim tenho algum cepticismo quanto à capacidade de vender a minha casa pelo valor apresentado pelo meu amigo. Diria que é um valor quase grotesco.

Percebo agora porque muitos jovens preferem alugar uma casa! Que também não há!

A gente lê-se por aí!

À roda de uma vida

Se de vez em quando conseguirmos parar e olhar para a nossa vida de um patamar superior conseguimos, quiçá, entender o que tem sido este nosso caminho.

Quando infantes e rebeldes tivemos nos pais a disciplina férrea para que nos mantivéssemos no caminho correcto, ao mesmo tempo que recebíamos uma catrefada de ensinamentos que melhor ou pior fomos aceitando. Ou não!

Crescemos sob a batuta dos pais que nos encaminhavam ou nos levavam ao esmeril da experiência e que tantas vezes detestávamos. Foi assim que nos tornámos cidadãos de pleno direito com capacidade e discernimento para saber fazer as escolhas correctas.

O tempo corre célere para todos. Os mais novos rapidamente se tornam pais e passam a ser eles os comandantes de outras vidas. Ao mesmo tempo os pais sempre tão eloquentes nos conselhor e recados mirram à força dos anos e doenças. É nesta altura da vida que os filhos começam a ser puxados para a vida dos pais... e a responderam por eles.

Hoje mais uma piscina de A1 até ao hospital de Torres Novas, para acompanhar o meu idoso pai a mais uma consulda de Nefrologia. Chamado à consulta a médica continua preocupada com a sua grave insuficiência renal que já originou a criação de uma fístula no braço direito para iniciar o tratamento de hemodiálise,555 quando fosse necessário.

Todavia a cada consulta a médica vai adiando o dito tratamento, não obstante as análises não mostrarem uma evolução positiva. Só que o restante estado geral continua normal, sem queixas e outros sintomas.

Na pequeno gabinete a competente médica acabou por me perguntar o que seria de fazer? Na opinião dela talvez não fosse mau iniciar o tratamento, mas perante a situação de não haver alterações insistiu comigo para que decidisse que caminho seguir.

Foram breves segundos, mas tempo suficiente para perceber que tinha às minhas costas a responsabilidade da vida do meu pai. Naquele milésimo tempo os papéis inverteram-se. Olhei-o e quase deixei que uma lágrima caísse.

A questão parecia simples, demasiado simples: e se corre mal?

A vida é uma enormíssima roda... hoje estamos cá em baixo, subimos e logo a seguir estamos onde começámos.

A próxima consulta ficou marcada para o dia 24 de Abril! Lá estaremos... ambos!

Quarenta anos passados!

Há muitos anos, ainda o 25 de Abril era uma tenra criança, tive uma conversa, com um colega assumidamente progressista, sobre política. Lembro-me bem dos temas desse início de tarde quando a caminho da escola debatemos ambos: partidos, democracia, liberdade, ditadura, censura e ideologias.

De todo o diálogo com este meu colega, hoje bom amigo e excelente médico, ficou apenas gravado na minha memóriaa uma frase que era mais uma filosofia ideológica. Assumiu ele:

- Jamais poderei ser um democrata!

- Como não és um democrata? Um ferveroso adepto da nossa esquerda mais radical.

Ele respondeu-me:

- Nunca poderei ser um democrata porque há ideologias e partidos com os quais eu nunca consigo conviver! Nomeadamente os partidos fascistas (naquele tempo a palavra direita era raramente usada).

- Mas não há disso em Portugal... Partidos fascistas...

- Isso julgas tu. Um dia verás.

Estranhamente só este fim de semana percebi quanto razão havia naquelas palavras proferidas pelo meu amigo.

Quarenta anos depois!

Chega de abstenção!

As noites eleitorais são óptimas para percebermos, não as eventuais consequências dos resultados, mas como cada comentador, provavelmente pago a peso de ouro, disserta sobre os dados que tem.

Ontem à noite enchi-me de coragem e fui vendo e ouvindo o que cada um pensava sobre os mais recentes resultados eleitorais. A determinada altura percebeu-se que poderia haver um empate entre a AD e o PS, com as hostes laranjas a calmarem um pouco, imagino eu!

No entanto o tema maior da “soirée” eleitoral foi o crescimento exponencial do Chega. Um partido que se afirma como sendo de direita e visivelmente radical (eu prefiro chamar de arruaceiro!). Bastaria lembrar a forma como o seu líder transformou os debates televisivos, para percebermos que estávamos presentes um voraz demagogo, vendedor de banha da cobra sem graça e sem princípios.

Muito se especulou na noite passada sobre de que maneira o Chega conseguira o desiderato de alcançar quase meia centena de deputados.

Transferência de votos da AD para o Chega? Provável, mas não explicaria tamanho incremento. Especialmente em zonas em que outros partidos teriam mais força. O caso mais paradigmático foi no “reino” (obrigado João-Afonso!!!) dos Algarves onde o Chega conquistou o distrito.

Já era muito tarde quando me deitei, mas fiquei a pensar na coisa. Era impossível, por exemplo, o eleitorado do PCP ter passado para o Chega. Para mim não entendia essa ideia. De todo!

Não sou politólogo, sociólogo nem mero comentador. Contudo penso pela minha cabeça e a minha professora primária ensinou-me a fazer contas. Vai daqui peguei num papel, fiz umas pesquisas breves na internet e apanhei estes dados:

1 – em 2022 o número de eleitores votantes foi de 5 389 705:

2 - em 2024 votaram 6 140 289 eleitores;

3 – a diferença apurada é de 750 584 votos expressos.

Agora peguei na votação no Chega:

1 – em 2022 o partido liderado por Ventura teve 385 573 votos;

2 – na votação de ontem recebeu 1 108 764 votos:

3 – a diferença entre ambas as votações é de 723 191.

 

De súbito olho para estes resultados e tudo se fez luz! Mas daquele intensa. Percebi que o crescimento do Chega não advinha de transferência de eleitores que haviam votado noutros partidos (como nunca acreditei!!!), mas simplesmente... da abstenção.

Como se explica então isto? Fácil, muito fácil!

Retirando os doentes a maioria dos abstencionistas são gente que não acredita neste sistema eleitoral ou pior que tudo, mas provavelmente com alguma razão, não se revêem em nenhum dos actuais partidos.

Ora o Chega, desde o seu início tem um discurso truculento e disparando contra todos os políticos em actividade. Uma opção que se percebe agora que teve o seu êxito. Se juntarmos a esta postura bravia, a assumpção pública por parte dos lideres dos outros partidos de jamais de coligarem ao Chega, ficou criada a mistura propícia para os abstencionistas deixarem de o ser e mostrarem o que pensam da nossa classe política.

Se pensarmos quem voto no Chega foi como quase não votar, porque Ventura jamais fará parte de uma solução governativa, seja à esquerda ou à direita.

Quanto ao resto dos resultados continuo a lamentar apenas a queda do PCP, por contraponto ao Livre que se tem mostrado um partido bem competente.

Finalmente cabe agora a Belém resolver este imbróglio.

Casa de hóspedes?

Na passada sexta feira, já eu tinha chegado havia um bom par de horas quando recebi a visita da amiga Aparecida!

Como de costume ficou ali especada a olhar o frigorífico onde geralmente tenho pedaços de fiambre de frango para lhe dar. Depois a ração que comeu com vontade.

A noite chegou e a Aparecida aproximou.se da sala, escolheu uma cadeira e deitou-se na almofada. Ali esteve largos minutos a... lavar-se.

Depiois saiu daquele lugare  foi escolher outro muito semelhante. Mas ela é que sabe qual a verdadeira diferença... entre ambas.

Aparecida.jpg 

Certo é que ali adormeceu. Lá fora a chuva caía com abundância e quando pretendi deitar-me não tive coragem de a mandar embora. Resultado... ali pernoitou.

Às cinco e meia da manhã acordei e fui em busca dela. Desaparecera da cadeira onde estivera mas fui encontrá-la dceitada entre duas almofadas no quarto... de hóspedes!

Pela manhã voltou à ração para finalmente decidir sair.

Ontem durante todo o resto do dia não apareceu. Mas esta manhã já a ouvi miar à porta e claro entrou logo que abria a porta!

Uma desavergonhada!

Dia zero!

Terminou ontem a campanha eleitoral. Que não vi nem ouvi e muito menos li!

Entretanto hoje é o tal dia de reflexão pré-voto. Ou dito de outra maneira é o momento dos eleitores ainda indecisos (e parece que são muitos!!!) escolherem finalmente quem querem ou desejam para governar este rectângulo à beira-mar plantado!

Há nisto tudo, todavia, uma certeza: nenhum dos eleitores pensa no país. Nenhum!

Pensam unicamente em si próprios e no que poderão vir a ganhar se vencer este partido em vez daqueloutro. Faz parte deste povo "que não se governa nem deixa governar" esta postura de lutar devagar, pois não quer que ninguém se magoe. Por isso ainda hoje há muita gente a agradecer a Salazar por não termos entrado na Segunda Guerra Mundial.

Eu, ao invés, afirmo sem receio que terá sido o maior erro político de Portugal do século XX, obviamente a par da Guerra Colonial.
Portanto... amanhã será o dia zero de uma nova política e de um novo governo. Ou será a repetição de algum anterior?

Estamos perto de saber...

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