Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

LadosAB

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Um país (obviamente) perdido!

Daqui a ano e meio comemorar-se-á meio século de... democracia. Já a tanta distância a falar disso? Perguntar-me-ão.

Bom diria que com o que estamos a assistir diariamente a tal democracia nascida em 74 tem sido a capa legal para todo o tipo de negócios e negociatas envolvendo empresários, políticos, autarcas e demais cidadãos.

Sinceramente a culpa não é totalmente daqueles que ganham dinheiro, fama e acima de tudo poder, à custa das trocas de influências, mas em grande parte de um povo que continua apático, amorfo, insonsso no que a este tipo de gente diz respeito.

Tivéssemos todos nós a bravura de outros povos e provavelmente muitos que agora aparecem envolvidos, mais aqueles que nunca ficaremos a conhecer, jamais ganhariam o que ganharam.

Recordo a este propósito uma conversa que escutei entre dois empresários há mais de 40 anos. Estávamos em vésperas de eleições legislativas e um deles perguntou ao outro, em tom de brincadeira, em quem iria votar. O interpelado foi célere na resposta dizendo que iria votar no PS porque com este partido a corrupção era muito mais barata. Estávamos em 1980!

Pergunta: mudou alguma coisa desde lá?

Continuamos tão brandos como sempre e somos cada vez mais incapazes de dar a este país uma sociedade realmente justa e evoluída! Como nos foi (e ainda nos é!!!) prometida!

Volto às comemorações que daqui a pouco mais de um ano se realizarão. Elogiar-se-á nessa altura a conquista da democracia, da liberdade ou da justiça em Portugal. Discursos que só servirão para continuar a enganar o povo luso, sempre tão crente nas bonitas palavras.

Pois é... na realidade sabemos que isso da verdadeira democracia só existe nos países onde os políticos reconhecem nos eleitores, que democraticamente os elegeram, dignidade e razão. Dois chavões fantásticos, mas que em Portugal são apenas sinónimos de... fantasia linguística!

Em bicos dos pés!

Não tenho qualquer desejo em ver o próximo Mundial de futebol que se realizará no Qatar.

- Primeiro porque será uma competição enviezada tal as inúmeras polémicas conhecidas;

- Segundo porque a representação portuguesa é tudo menos... uma selecção.

Mas de todas as polémicas ao redor deste torneio há uma que me chamou a atenção e que tem a ver com o número de vítimas mortais de trabalhadores aquando da construção dos estádios e respectivas infraestruturas. Mais de 6 mil mortos... Uma coisa profundamente aberrante.

Depois a constatação de uma total ausência de direitos humanos por parte dos estrangeiros que trabalham no país. Um crime sem criminosos ou no mínimo sem culpados!

Perante este cenário triste e sub humano que farão os nossos governantes?

Se estes fossem gente sensível e de bom-senso provavelmente declinariam o convite tendo em conta o que se sabe sobre aquele país. Porém para os lados de S. Bento e de Belém há quem considere errado o que se faz naquele país árabe, mas fecham-se os ouvidos e já não se houvem os gritos das vítimas nem dos escravos. E assim está tudo bem!

Mais uma vez Portugal a tentar colocar-se em bicos dos pés esta montra mundial no sentido de "abichar" alguma coisa. Só gostaria de saber o que será é...

Entretanto tentarei ver o mundial de Rugby. Pelos menos ali há uma série de cavalheiros a jogarem como brutos.

Assintomático à… parvoíce

A parvoíce é daquelas doenças (quase) silenciosas e invisíveis que tendem a surgir amiúde nas nossas vidas, qual vírus COVID, e sem que notemos a dita.

Eu, então, tenho sido tão atacado pela parvoíce que esta começa a manifestar-se perante os outros de forma tão evidente que chegam a dizer-me em forma de pergunta:

- Tu estás parvo?

Ao que eu respondo:

- Um bocadinho!

Porém, a parvoíce não ataca somente a mim, mas a muita boa gente, nomeadamente políticos. Estes estão tão infectados de tal maleita que dizem hoje uma coisa, amanhã o seu inverso para no dia seguinte assumirem uma completamente diferente das anteriores.

Obviamente encontram-se tão assintomáticos à doença da parvoíce, nem acreditam que ela exista.

Mas que continuam parvos, isso é demasiado evidente!

O poder de sair de cena!

Muitos portugueses consideran que todos os políticos são pessoas em quem não devemos confiar pois vivem desta ciência. Daí talvez a crescente percentagem de abstenção.

Hoje andei a ver uns textos antigos onde falei dos políticos da altura e parei em 2014 e 2015 onde a luta pelo PS estava entre Costa e Seguro. Hoje sabemos quem ganhou, das cambalhotas políticas que aquele foi capaz e daquelas que ainda irá dar.

Todavia de quem deixei de ouvir falar foi de António José Seguro o antigo líder socialista. Da mesma forma que subiu desapareceu do painel político luso, nem para uns breves comentários numa qualquer televisão. Hoje, segundo li, lecciona em diversas faculdades.

Outro político ausente é o antigo braço direito de Cavaco SIlva, o Dr. Fernando Nogueira, que em 1996 após ter perdido as eleições abandona o seu partido e a política assumindo lugares de destaque na Banca.

Outros existirão que após passagens mais ou menos fugazes na política ganharam tal sumiço que nunca mais ouvi falar deles. Só fizeram bem já que hoje para se ser político é necessário ter um estômago rechedo de... omeprazol

Sair da cena política nem sempre é tentador, mas quem o faz é certamente um vencedor!

Ainda a tempo!

O tema português da actualidade é a enorme abstenção oriunda destas recentes eleições europeias. Este é sem sombra de dúvidas um problema, que sejamos sérios… não é de agora.

Há muito que os nossos políticos têm vindo a reparar no enorme incremento da abstenção, mas como os seus lugares estão mais ou menos assegurados, assobiam para o lado.

Não obstante o PR vir publicamente incentivar a votar, os portugueses não o escutaram ou então não o levaram a sério… Apostaria na segunda hipótese.

Certo é que quase 70 por cento dos eleitores deixaram de exercer o seu direito de voto. Isto é, a democracia só é exercida na sua plenitude por menos de um terço da população. O que para mim é alarmante pois pode tornar num campo minado à própria democracia.

Essencialmente porque não se prevê alteração do paradigma num futuro mais ou menos breve. Ou se existir será sempre para pior…

A Sarin neste seu postal levantou uma série de possíveis soluções, todas elas muito válidas, mas que obrigaria a uma mudança radical da lei eleitoral, algo que os actuais partidos não querem nem desejam. Pudera!

Tal como numa qualquer doença é necessário identificar onde está o mal ou de forma mais profunda o que originou a maleita. Neste caso a origem está unbicalmente ligada com uma classe política pouco ou nada credível, recheada de mordomias e, salvo algumas excepções, impunes aos seus próprios actos de gestão.

É esta falta de credibilização que leva, ou melhor, não leva as pessoas a votar. Mesmo que seja em branco.

A melhor solução passaria por educar as crianças desde a primária para a necessidade de um dia poderem ser chamados a decidir o futuro do país através do voto. Mas para tal será sempre necessário ter gente associada à política valorosa e competente, sem “rabos-de-palha” ou reféns de organizações de todo o género e espécie, o que me parece de todo quase impossível. E pior demoraria mais de uma década… Então até lá?

Até lá deveríamos, cada um à sua maneira, tentar esclarecer as pessoas, tentar acordá-las do marasmo em que se envolveram. A partir de agora…

É que amanhã pode ser tarde demais.

Um milhão de razões

A nossa classe política continua em descrença total. Também não admira com tantos casos envolvendo alguns governantes seria impensável que o povo continuasse a acreditar em tal gente.

Vem isto ao caso de Portugal ter sido escolhido para as próximas Jornadas Mundiais da Juventude que se realizarão em Lisboa em 2023.

Logo que se soube da escolha da capital Portuguesa para tal evento católico eis que surgiram os autarcas da região de Lisboa a chegarem-se à frente, ufanos e vaidosos, para receberem esta manifestação de fé católica. Curiosamente autarquias supostamente laicas ou mesmo anticlericais. Entretanto vão ter que olvidar ou quiçá esconder muitas teorias…

O Governo exulta assim pela perspectiva económica, a igreja portuguesa alegra-se com a responsabilidade da organização, os católicos agradecem a vinda do Papa, os autarcas esfregam as mãos. A fé fica assim para o fim...

Tudo porque este evento pode originar uma receita muito próxima dos mil milhões de... euros!

Caríssimos políticos: entendam-se

Marcelo Rebelo de Sousa não é PM, mas age como tal.

António Costa não é PR, mas assume-se como tal.

Centeno não é mentiroso, mas diz inverdades.

Mariana não é Ministra das Finanças, mas faltará pouco.

Passos não é oposição, mas nem sabe o que é.

Cristas não é Passos, mas é oposição.

Jerónimo não é Catarina, mas está quase.

Catarina não é do PS, mas parece.

Louçã não é Gaspar, mas são parentes.

Nogueira é professor, mas não ensina nada de novo.

Arménio Carlos diz que sim, mas depois diz que não.

Carlos Silva nem sim nem não, antes pelo contrário.

No final o povo vai-se rindo e pagando, pois o importante é estar vivo!

Mentir, mentir, mentir sempre

A mudança das caras governativas não foi sinónimo de alteração de estratégia governativa. Na verdade Portugal está amarrado, preso, escravo da UE. É desta Europa que vem o dinheiro ou o aval para ele. E o novo governo sabe disso.

E é também com este dinheiro que Portugal vai conseguindo fazer face às despesas. A economia tarda em crescer o suficiente para pagar o défice e deste modo o país continua a recorrer ao mercados para se financiar.

Nada do que atrás escrevi é novidade... foi só para lembrar!

O problema é que o actual governo vê-se envolvido numa série de negociações - que não estão a correr grande coisa - com a Comissão Europeia de forma contentar dois lados. De um lado da barricada está o (tal) eleitorado de esquerda que votou no PS, PCP e Bloco de Esquerda para quem o discurso de que a austeridade já acabou são trinados. Do outro a tróica que não deseja que Portugal mude de políticas só porque mudou de governo.

O actual PM vê-se assim num dilema que pode custar a sua carreira governativa.

Aumentar o imposto sobre os produtos petrolíferos e quiçá implementar o Imposto Sucessório pode dar algum dinheiro, mas retira muitos votos. E o PS sabe isso muito bem!

Portanto em Portugal a mentira continua presente nos nossos políticos, sejam eles de que partidos forem.

Até que a gente queira!

Estou p(l)asmado

Raramente vejo televisão. E muito menos a TVI. Mas ontem ao fazer um zapping deparei com o anúncio de uma reportagem que seria hoje transmitida por aquele canal de televisão.

E o que vi e ouvi desta primeira parte da reportagem deixou-me completamente p(l)asmado com o que se passa neste Portugal. Milhões e milhões de euros desperdiçados como fôssemos ricos e abastados. A saúde não é só um direito constitucional mas um bem que devia ser defendido por todos. Repito todos! E obviamente não é...

Ficam deste modo, triste e sem resposta uma sériee de questões:

Até que ponto vai a ganância e a baixeza dos nossos políticos, gestores, médicos e demais gente?

Como pode este país sair desta orfandade, de pessoas com espírito de missão que deveria nortear os políticos e médicos?

Como pode alguém dormir de consciência tranquila quando por estes e muuuuuuuitos outros casos de desperdício, estranhos interesses e desmendos financeiros há gente desempregada, a passar fome, sem o mínimo para sobreviver?

Serão, quiçá, demasiadas questões para as quais não obtenho qualquer resposta. Somente porque neste rectângulo tudo é permitido, tudo é anormalmente normal.

Só o plasma é que é importado!

 

 

 

 

Ainda sobre a morte de Eusébio!

Já muito se falou e escreveu sobre o triste falecimento de Eusébio da Silva Ferreira. Graças a Deus que a maioria do que se ouviu e leu, foram rasgados e merecidos elogios ao Pantera Negra.

 

Só que, como diz o povo no melhor pano cai a nódoa, e assim apareceram algumas figuras que, perante este fenómeno de popularidade que atravessou quase toda a sociedade portuguesa, saíram a terreiro com declarações que demonstram, no mínimo, uma pobreza de espírito e quiçá alguma tacanhez.

 

Começo pelas declarações do antigo Presidente Doutor Mário Soares. Aceito que haja alguém que não goste de futebol em particular ou até mesmo do desporto em geral. Porém e perante a morte de uma figura tão carismática como Eusébio o melhor seria… silenciar-se. Ficou mal nesta fotografia e dificilmente alguém esquecerá estas suas declarações. No mínimo lamentáveis para alguém que foi uma das personagens do século passado.

 

Mas infelizmente não está sozinho. No dia 6 o Doutor Marinho Pinto, ilustre e mediático advogado, criticava a forma como tinham decorrido as exéquias do maior futebolista português. E pior… com a agravante de se considerar benfiquista. Também aqui entendo a idiotice deste homem, que foi durante anos Bastonário da Ordem dos Advogados, ao perceber como pode o povo orgulhar-se de um mero futebolista.

 

Finalmente e obviamente menos desculpável são as palavras da Doutora Assunção Esteves, ilustre Presidente da Assembleia da República. As suas declarações e desculpas um tanto atabalhoadas sobre a eventual ida do féretro de Eusébio para o Panteão, podiam ter sido obviamente evitadas.

 

Há assuntos sobre os quais alguns ilustres personagens não deviam opinar, pois arriscam-se a cair facilmente no ridículo.

 

A morte de Eusébio, lançou este antigo campeão para o rol das personagens portuguesas com direito a ficar eternamente na nossa história. E há, neste país, quem ainda não consiga entender isso!

 

 

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

O meu livro

Os Contos de Natal

2021
2022

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2011
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2010
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2009
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2008
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D