Passado, presente e futuro
Muitas vezes dou por mim a relembrar no meu já longo passado. E acabo, quase sempre, por perguntar a mim mesmo: e se eu nesta altura da minha vida tivesse feito isto... ou aquilo?
Esta pergunta advém de eu há trinta e dois anos ter optado pela empresa onde ainda hoje trabalho em prejuízo de ser FP. Curiosamente um destes dias encontrei um amigo de longa data, que não teve grande escolha e na altura acabou mesmo numa repartição de Finanças. Hoje é chefe de Repartição, mas tem sofrido, e de que maneira, com os cortes introduzidos pela troica e Passos Coelho. as adivinhar é impossível...
Neste instante não calculo quantos anos me faltarão para me reformar. Tanto podem ser 5, 10 ou 15. E provavelmente só nessa altura saberei avaliar o benefício da minha escolha quarenta anos antes.
A juventude actual não entende como um acto praticado agora pode vir a influenciar o futuro a médio e a longo prazo. Não lhes levo a mal, porque também já pensei como eles. Hoje, com o peso dos anos, tenho uma visão mais abrangente e quiçá mais realista do mundo que nos rodeia.
Porque a vida é mesmo assim: feita de esperanças sempre renovadas e consciências cada vez mais lúcidas.
E não me tentem convencer do contrário!