O meu futuro… preocupa-me!
Ultimamente tenho andado a pensar no que poderão vir a ser os meus dias numa eventual passagem à reforma.
Reconheço que ando cansado de me levantar cedo, de cumprir horários, de comunicar aos superiores que tenho uma consulta médica. Como me aborrece que, num almoço de amigos, tenha de sair antes de todos os outros só porque o meu tempo de refeição é somente de uma hora.
Ao fim de quase quarenta anos de trabalho efectivo e permanente creio que é chegada a hora de ter direito a ser dono do meu tempo. Mas serei mesmo senhor deste tempo?
Sinceramente não sei! Na realidade ninguém (e ainda bem, acrescento) consegue prever com exactidão o seu futuro, seja próximo ou longínquo. E temo que já aposentado entre naquela espiral depressiva, que noto nalguns dos meus colegas mais antigos, após alguns meses de inactividade laboral.
A fim de evitar estes dilemas, nos últimos anos, tenho tentado deixar algumas coisas por fazer, especialmente na escrita, pois pretendo ocupar uma boa parte do tempo de reformado a dar forma e vida a alguns projectos que tenho em mente. Mas não só!
Há ao mesmo nível de preocupação o campo que terei de olhar com atenção redobrada. O que poderá equivaler a não ter muitos momentos mortos.
Obviamente para que tudo isto aconteça da melhor forma, tenho de ter saúde física e mental suficiente para tal.
Hoje apresento-me em boas condições para isso. Porém amanhã não sei!
E é esta dúvida que permanentemente me preocupa…