Chuva de buracos!
Aproxima-se a passos largos o Outono (é já para a semana!) e o Inverno. Nós portugueses normalmente não gostamos de chuva… Basta surgirem dois dias um pouco mais chuvosos e ficamos logo cansados de “tanta” chuva.
Uma das incompatibilidades da chuva é, obviamente, com o trânsito. Com as intempéries tudo passa a andar na cidade muito mais devagar e os que não reduzem acabam muitas vezes imobilizados contra outros veículos, originando ainda maior confusão.
Costumo circular diariamente em Lisboa. Entro geralmente cedo tentando evitar os congestionamentos, mas saio quase sempre à hora de ponta. Pela tarde atravesso regularmente a cidade, tendo deste modo a consciência (quase) perfeita do (mau) estado das ruas lisboetas.
Não obstante diversas obras de alcatroamento em algumas vias, a maioria das estradas alfacinhas encontram-se em estado deplorável. Buracos – alguns parecem autênticas crateras -, deficiente sinalização vertical e pior que tudo a quase inexistente sinalização horizontal.
Na maioria das vias não se percebem as guias laterais nem os traços descontínuos do meio da via, originando que os condutores não percebam qual a faixa em que circulam, originando muitos acidentes que poderiam ser evitados.
A invernia que se aproxima, seja ela branda ou áspera, não vai certamente ajudar os milhares de condutores que entram e saem da cidade.
À edilidade pede-se cuidado e trabalho. Criarem-se obras quase megalómanas, deixando as essenciais para as calendas gregas não me parece, contudo, a atitude mais razoável.
Sinceramente a razoabilidade não é o forte dos autarcas lusos!