A chuva que vem de baixo
Creio já ter falado de como a cidade de Lisboa está construída para os dias quentes de sol, pois quanto a dias de chuva a capital ainda tem muito que aprender com as capitais do resto da Europa.
Esta urbe não foi preparada para ser brindada com um temporal de pluviosidade como estes últimos dias. A chuva que tem caído e que tanta falta tem feito, é um dos estranhos problemas da cidade.
Começo pelas ruas e avenidas que chegadas aos dias de intempérie ficam atapetadas de lençóis de água devido aos maus escoamentos (sargetas entupidas, erro na costrução). E quando aqueles existem tendem a fugir para os lados criando verdadeiros rios encostados aos passeios.
Deste modo os transeutes mais discuidados arriscam-se a serem encharcados não pela água que o S. Pedro deita, mas unicamentre pelo espalhar das rodas dos veículos.
Falemos agora dos passeios lisboetas tão mundialmente conhecidos pela beleza dos seus desenhos, mas neste corriqueiro exemplo, responsáveis pelas molhas dos seus transeuntes. É que não há um espaço, ,um metro quadrado em que o passeio não tenha um desnível. E por vezes são tão grandes que ocupam toda a largura.
Logicamente se alguém pretender caminhar no passeio, vai molhar os pés com toda a certeza.
Face a estes dois meros exemplos fica mais ou menos comprovado que na cidade de Lisboa a água térrea é muito mais perigosa do que aquela que cai do firmamento.