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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Um Professor para a vida

Costumo encarar o tema da morte de frente. Nunca fujo à discussão! Sei de antemão que todos temos de partir… um dia.

Todavia há figuras que julgamos eternas, que jamais desaparecerão, que viverão para sempre. Este era o caso do Professor Moniz Pereira. Conheci-o nos anos setenta, quando pateticamente achava que podia ser outro Carlos Lopes…

Fizesse chuva, frio ou sol lá estava ele sempre a contar o tempo do nosso maior campeão do atletismo. Mas jamais olvidava uma palavra de incentivo aos miúdos, que na mesma pista de cinza onde treinavam Lopes e Mamede, corriam atrás de um sonho.

Já passaram tantos anos… Mas o professor parecia sempre o mesmo cada vez que o via na televisão. Diria que os anos não corriam por cima dele.

Enganei-me redondamente!

Partiu hoje com a bonita idade de 95 anos. Guardarei no meu coração e na minha memória, até que o tino me deixe, as palavras e os sorrisos que na altura simpaticamente de dispensou. E lembro-me de uma frase que me disse naquele fim de tarde muito chuvoso e que passou a ser o meu lema para a vida: “Rapaz… não basta saber correr é preciso também saber sofrer”!

Hoje sofro com a sua partida… Um exemplo de excelência e cidadania que marcou atletas, gerações, o país. Um homem em que o agá não cabe neste minúsculo rectângulo à beira mar plantado. Nem nunca coube!

Até sempre Senhor Atletismo.

In memoriam!

Se houve alguém que me marcou, foi ele.

Se houve alguém muito grande neste país, foi ele.

Se houve alguém que todos desejavam ser, foi ele.

Se houve alguém que amou o Sporting, foi ele.

Se houve alguém a quem o país mais deveu, foi ele.

Se houve alguém que foi o expoente máximo do lema do Sporting, foi ele!

Jamais o esqueceremos, Professor, jamais!

 

Obviamente também aqui.

Em dia não!

Quando revejo o meu passado já com muitos anos, pergunto-me: será que valeu a pena fazer este caminho?

Umas vezes digo que sim, que vale sempre a pena viver… outras penso que teria sido melhor parar para pensar.

A felicidade é assim algo efémero. Uma ideia simples que não é novidade para ninguém… Deste modo a vida é feita de mui breves momentos de felicidade e muuuuuuuuitos de amargura e tristeza, que deixam marcas e cicatrizes para sempre.

Saber lidar com estas intempéries da vida é aquilo que se chama experiência.
Lembro-me então de uma frase antiga e que diz o seguinte: “viver não custa, custa é saber viver”.

Por isso há dias em que me apetece partir sem destino nem retorno. Partir simplesmente.

Hoje é um desses dias.

Vá lá saber-se porquê!

A cidade que está na moda: Lisboa

Nasci, mas nunca vivi em Lisboa. Não obstante isso, desde sempre andei pela capital com grande à-vontade. Muito jovem conheci as ruas e ruelas e tirando alguns bairros mais recentes sei onde são a maioria dos arruamentos.

Conheço muitas cidades, capitais e não só, desta nossa velha Europa, mas reconheço que Lisboa é deveras especial. Como disse uma vez o realizador Wim Wenders sobre a capital: “à luz do dia até os sons brilham”. Mas não é só a luminosidade é também o pulsar da cidade através das constantes correrias ou dos passeios, o trânsito caótico, até a vida mundana são características de Lisboa.

Hoje desci ao coração da cidade. De metro!

A população citadina nesta altura do ano quase desapareceu. Os utentes do metropolitano são, na sua grande maioria, turistas. Vêm aos magotes, trazem toda a família, as malas e mochilas e cheiram mal. Muito mal! Não me venham com a tal história que é do turismo de “pé-descalço”… Bem pelo contrário! Mas adiante!

A Baixa Pombalina, antigamente pejada de trabalhadores locais que enchiam por completo os restaurantes desta bonita parte da cidade, é hoje anormalmente invadida de estrangeiros. São às centenas se não aos milhares. Procuram sol, calor, comer e beber por tuta e meia.

Os alfacinhas deixaram assim de ser proprietários das suas belas ruas e das lojas e restaurantes. Hoje a Baixa está invadida de pequenos negócios de toda  a espécie de souvenirs que proliferam como cogumelos.

No entanto tenho consciência de que a capital necessita desta economia, como de pão para a boca, para poder sobreviver… Mas o que vi hoje pareceu-me um exagero de gente. Sem culpa de quem nos visita, obviamente.

Como Lisboeta assumo que não gosto de ver a cidade onde nasci assim invadida.

Como viajante percebo que quem vem queira aproveitar na sua plenitude a beleza da cidade.

Sanções e coisos...

Há um ditado antigo que diz o seguinte: mais vale a quem Deus ajuda do quem muito madruga.

Foi provavelmente este o pensamento (ou algo semelhante!!!) que passou pela mente da "geringonça" quando soube que Portugal não irá ser punido com sanções. Algo pelo qual todos os partidos desde a esquerda à direita sempre afirmaram estar contra (pelo menos uma vez na vida estiveram de acordo!).

Ao fim de tantas semanas em que se especulou que tipo de sanções iriam ser aplicadas ao nosso país, "a montanha acabou por parir um rato" ou nem isso.

Mas há uma razão principal para tudo isto. Ninguém da UE desejava estar ligado a umas meras sanções a um país, que foi recentemente campeão europeu de futebol, tudo por causa de umas décimas de deficit orçamental.

No entanto há quem observe que este perdão se deve exclusivamente à quantidade de "Pokemon´s" que Portugal parece estar a exportar para a Europa. Os cérebros europeus já perceberam como entreter e desviar a atenção do povo dos problemas essenciais que avassalam este velho Continente.

Mas quando em 2017 sofrermos nova austeridade imposta por Bruxelas... provavelmente alguém se vai lembrar então deste actual perdão!

Até lá siga a dança e viva a geringonça!

A primeira vítima!

Fui lendo por aí que essa coisa do "Pokemon" poderia ser perigosa para as pessoas. A própria Polícia já havia avisado.

Pensei eu com os meus poucos botões: problemas desses não vou ter... não jogo essa coisa!

Só que me esqueci dos outros, daqueles que jogam todos os dias e todas as horas e não se preocupam com os demais.

Pois deve ter sido isso mesmo que aconteceu esta manhã a um condutor... pois não conseguiu evitar apanhar um Pokemon dentro da traseira do meu carro.

Resultado... ambos os carros para a oficina, declarações amigáveis e cheguei ao trabalho com um atraso descomunal.

Sou assim, cá em casa, a primeira vítima dessa nova febre! Ainda por cima não gozei nada e vou ficar sem o meu carrinho durante uma série de dias.

 

And the winner is...

... Donald Trump.

Quase sem querer, o polémico candidato Republicano está a poucos meses de ser o próximo inquilino da Casa Branca. Sem fazer grande esforço.

Já nem são necessário ataques dos Republicanos... são os próprios Democratas que se cobrem de ridículo.

Portanto não admira que o "loirinho" americano comece a subir nas sondagens!

Para mal do Mundo!

Tall Ships - Finalmente "ele" veio!

Na minha vida sempre pretendi fazer uma longa viagem num veleiro. Ou melhor... adoraria ter seguido uma carreira militar na Marinha de Guerra. Não sei se era por o meu pai ser dessa arma, se foi por ver muitos colegas abraçar esse caminho voluntariamente ou se era unicamente o meu gosto pelos navios.

Seja como for... sempre que em Portugal aparecem veleiros eis-me presente. Foi assim há uns anos num outro festival penso que em 2006, foi também o ano passado aquando do Volvo Ocean Race como aqui referi na altura.

Ficar a ver navios é uma expressão bem portuguesa e que toda a gente sabe o seu significado. Foi o que me aconteceu hoje em Santa Apolónia onde pensei entrar em algumas embarcações e sentir o cheiro tão característico do cordame, mas as filas para entrar eram imensas que me dediquei a olhá-los e a imaginar a minha viagem...

Mas também não dei o tempo por perdido porque desta vez estava presente, quiçá o mais belo veleiro do Mundo. Não, não estou a falar do Navio-Escola Sagres mas sim do também navio-escola italiano Americo Vespuci.

Se a memória não me falha, da última vez que este género de veleiros visitaram Portugal, este navio italiano não esteve presente, para grande tristeza minha.

Mas hoje... vi-o! Mantive assim a minha ideia de há muitos anos e que já referi acima: este é o mais belo veleiro do Planeta!

A fotografia não é muito boa... mas foi o melhor que consegui, tanta era a gente e tantos eram os fotógrafos.

 

americo_vespuci.jpg

 

 

Outro número redondo

Reparei hoje que as estatísticas deste quintal de letras apresentavam um número bem simpático. Refere-se essencialmente aos textos já aqui publicados. Mil e quinhentos...

Ora bem esta quantidade de ideias, críticas, pensamentos divididos pelos dias dá em média meio texto por dia ou dito de outra forma, um texto de dois em dois dias.

Parece realmente pouco, mas se pensarmos que só desde o ano passado é que assumi escrever um post por dia até que nem é mau! Não escrevo a metro... Longe disso. Há dias que nem me apetece escrever ou porque não veio nenhuma ideia ou porque não me apetece. Porém, como já observei atrás, desde há uns tempos que tomei como disciplina aquela ideia de um por dia.

Escrever é na maioria dos casos a minha (boa) terapêutica para os dias menos atraentes. Este é um legado que deixo aos meus descendentes. Pode não valer (e não vale de certeza) um chavo furado... todavia todos estes textos são parte integrante do meu património humano.

A sua avaliação, se alguma vez a fizerem, não é da minha lavra, mas unicamente dos pobres leitores que por aqui vão perdendo tempo.

Mil e quinhentos... ano da descoberta do Brasil... Será que um dia também eu descobirei as terras de Vera Cruz?

 

1500.png

 

Hoje percebo (melhor) os terroristas

Desde ontem e por indicação médica que ando com uma máquina que de x em x minutos vai medindo a minha tensão arterial.

Mas é realmente muito desagradável.

Primeiro porque hoje não pude tomar o meu costumado banho matinal, depois isto está sempre a inchar e a desinchar e finalmente trago pendurado no pescoço uma maquineta onde são gravadas as informações medidas pela máquina.

Desta forma entendo porque os terroristas se suicidam… Se com este aparelho já é pouco agradável caminhar a fazer o nosso dia, nem imagino o que será com todos aqueles explosivos e fios e demais armamento à volta de todo o corpo.

Não admira portanto que aqueles fiéis deem cabo das suas vidas num instante. Está-me quase a apetecer fazer o mesmo!

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