Agora mais a sério este fim de semana "gordo" tem sido de emagrecimento. Algo que necessito já que tenho algum peso a mais do que aquele que devia.
Este fim de semana deu para quase tudo, mesmo com frio. Lavrar uns terrenos acabados de comprar, queimar a lenha, arrancar as silvas pela raíz, comer umas tangerinas, fotografar uma ovelha apanhada com erva, rebolar com umas pedras...
A vida no campo na sua plenitude e fulgor. Enquanto uns se divertem em corsos carnavalescos outros "brincam" aos camponeses...
Porque o campo nunca tem direito a férias. Nem a feriados.
Necessito entregar numa entidade pública um parecer técnico. Parecer este que é feito numa outra entidade também pública, por técnicos devidamente especializados.
Ora num dia no passado mês de Janeiro entreguei o pedido na sede da entidade e hoje, quase um mês depois, achei por bem tentar saber como estava a andar o processo.
Liguei para o destinatário do pedido donde me disseram que tinha sido dado entrada o documento (claro que sim pensei eu, com um comprovativo de entrega na minha frente!), e que ele se encontrava num determinado departamento, acrescentando que não sabia onde era o tal departamento.
Ligo para a sede e após passar o menu dos assuntos dito pela aquela maviosa voz, finalmente alguém me atende. Explico a situação mas passa-me logo para outrém (terá sido?) que não atende. Meia hora mais tarde nova tentativa e lá consigo falar com alguém que me indica que esse documento foi encaminhado para outro Serviço através de um memorando. Consigo o número de telefone do tal Serviço e ligo mais uma vez.
Alguém me atende, repito ao que venho. Ela escuta para depois me comunicar que vai transferir a chamada. A música tipo automática vai tocando durante longos minutos. Por fim a senhora telefonista vem à linha e diz que a pessoa que trata do assunto está ao telefone. Comuniquei-lhe que ligaria mais tarde.
E assim fiz... Mas desta vez o telefone principal surgiu sempre impedido. Ao fim de 28 tentativas lá me atenderam. A voz masculina parece ser pouco simpática mas conquanto a conversa se desenrola o cavalheiro surge mais afável.Pergunta-me (pela enésima vez) que assunto se trata e eu, uma vez mais, lá expliquei o que queria.
O senhor ouviu, depois procurou pelo (tal) documento mas respondeu que só aparecia a capa. O resto da documentação anexa não estava digitalizada. Mas que iria ver e após solicitar o meu contacto telefónico prometeu ligar-me a dizer o que se passava.
É neste momento meia-noite e ainda ninguém me ligou. Será que já posso desistir de esperar?
Ainda Fevereiro agora começou e já levo dois livros lidos. Boa média!
Se bem que este último... deu-me a volta ao estômago.
Ler Charles Bukowski não é fácil, nem é para todos. O escritor americano inventou uma fórmula de ser ordinário, pulha, seboso, nojento, todavia... verdadeiro!
Escrever a vida de forma nua e crua, tal como ela é, decididamente não é fácil... Mesmo nada. Mas Bukowski fá-lo de uma forma tão punjante que magoa.
Um conjunto de 30 contos todos eles profundamente obcenos e de (quase) sexo explícito. Fui incapaz de colocar o livro de lado... porque no meio de toda aquela panóplia de palavreado ordinário sobressai uma amargura e uma tristeza quase comovente.
Esta foi a terceira obra que li deste autor. Depois de "Mulheres" e a "A sul de nenhum norte" terá sido o livro mais duro de todos quantos já li.
Não sei se lerei outro dele. Senti-me totalmente esmagado por aquela escrita!
Findo este é tempo de escolher um novo livro. E isso é que conta!
Se julgavam que a Inominável era somente um exercício de pouca dura, enganaram-se redondamente.
Eis o número dois com muitas secções, com gente a escrever muitíssimo bem e eu a sentir-me quase um miúdo com um brinquedo novo.
Reafirmo a minha imensa gratidão às Inomináveis (eu chamo-lhes Indomáveis!!!) por fazer parte deste projecto. São estes pequenos prazeres que fazem de mim um homem feliz.
Não se esqueçam de nos irem visitar! E de divulgarem.
Vá lá venha espreitar. É aqui e não custa nada. Vai ver que não se arrepende.
A mudança das caras governativas não foi sinónimo de alteração de estratégia governativa. Na verdade Portugal está amarrado, preso, escravo da UE. É desta Europa que vem o dinheiro ou o aval para ele. E o novo governo sabe disso.
E é também com este dinheiro que Portugal vai conseguindo fazer face às despesas. A economia tarda em crescer o suficiente para pagar o défice e deste modo o país continua a recorrer ao mercados para se financiar.
Nada do que atrás escrevi é novidade... foi só para lembrar!
O problema é que o actual governo vê-se envolvido numa série de negociações - que não estão a correr grande coisa - com a Comissão Europeia de forma contentar dois lados. De um lado da barricada está o (tal) eleitorado de esquerda que votou no PS, PCP e Bloco de Esquerda para quem o discurso de que a austeridade já acabou são trinados. Do outro a tróica que não deseja que Portugal mude de políticas só porque mudou de governo.
O actual PM vê-se assim num dilema que pode custar a sua carreira governativa.
Aumentar o imposto sobre os produtos petrolíferos e quiçá implementar o Imposto Sucessório pode dar algum dinheiro, mas retira muitos votos. E o PS sabe isso muito bem!
Portanto em Portugal a mentira continua presente nos nossos políticos, sejam eles de que partidos forem.