Desta vez José Mourinho não teve sorte. A mesma que o acompanhou em Manchester e noutros encontros, desapareceu como por magia. Mas o futebol é assim mesmo: umas vezes repletos de sorte, outras nem por isso.
Mas o jogo desta noite previa-se fervilhante e emotivo. Não sei quantos adeptos estiveram no Santiago Barnabéu mas acredito que a maioria acreditava que o Real tinha capacidade para dar a volta a um resultado assaz adverso, é certo, mas ainda assim ao alcance de uma das melhores equipas de futebol do Mundo.
Só que os alemães não foram nada simpáticos e perante uma avalanche inicial de jogo da equipa merengue, foram com o decorrer do jogo assentando o seu futebol e a partir dos vinte e cinco minutos da primeira parte passaram a controlar as investidas espanholas. Os avançados do Real encontraram pela frente uma parede de aço germânico quase impossível de ultrapassar.
Chegou o intervalo e o resultado mantinha-se num óptimo zero a zero para o Borussia de Dortmund e irritante para a equipa treinada por José Mourinho.
Logo no principio da segunda parte os alemães mostraram porque ganharam por 4-1 na Alemanha e não fosse o guarda-redes Diego Lopez muito cedo o Real teria perdido a esperança de passar à final. Esperança esta que renasceu aos 82 minutos quando Benzema, que entrara na segunda parte a substituir Higuain, inaugurou o marcador.
Até ao minuto 96 o Real ainda marcou um segundo golo por Sergio Ramos, mas insuficiente para virar a eliminatória a seu favor. Há portanto que reconhecer mérito à equipa alemã que no conjunto das duas eliminatórias, foi (quase) sempre superior ao Real Madrid.
Mourinho só pode queixar-se não de si próprio, mas de alguns jogadores que esta nopite pareceram não estar à altura do momento e do clube, através de um individualismo exacerbado. Falo obviamente de Ozil, de Di Maria e de Modric, que trabalharam pouco para a equipa não obstante o jogador de origem turca ter feito o passe para o golo de Benzema. Um conjunto de muito bons jogadores não faz obrigatoriamente uma boa equipa.
3,40 - Higuain falha um golo incrível com defesa do guarda redes germanico
6,30 - Canto para o Real
7,15 - Novo canto a favor de Real
8,00 - Ronaldo remata por cima após uma jogada de Di Maria
10,30 - Remate de cabeça de Sérgio Ramos ao lado, após livre de Ozil
12,30 - Primeiro remate do Borussia à baliza do Real
13,40 - Substituição no Borussia
14,00 - Enorme oportunidade para o Real. Remate de Ozil ao lado
19,00 - Remate ao lado de Ronaldo
21,00 - Defesa do Real em apuros
23,15 - Corte da defesa do Real
24,24 - Grande jogada de um jogador do real todavia sem efeitos práticos
25,15 - Cartão amarelo para Fábio Coentrão
30,00 - Real perdeu fulgor e Borussia subiu de ritmo e de pressão
35,00 - 1º canto a favor do Dortmund
39,00 - Finalmente uma jogada de perigo perto da baliza do Borussia sem consequencias
42,30 - Cartão amarelo para um jogador do Borussia
44,00 - Amarelo para Higuain
45,00 - Novo amarelo para um jogador do Dortmund por falta sobre Ronaldo
Intervalo
Breve análise: O Real entrou muito bem a pressionar a defesa do Borussia mas foi perdendo fulgor. Desperdiçou algumas boas oportunidades, que podem custar uma ida à final, especialmente por Higuain e Ozil. A equipa germanica ,muito bem organizada tem conseguido suster o impeto da equipa merengue. Prevê-se uma segunda parte ainda mais movimentada. Porém dificilmente o Real chegará à final de Wembley!
2ª Parte
46,00 - Dois cantos seguidos a favor de Real.
47,00 - Perda porecipitada de bola por parte do Real
48,30 - Grande oportunidade para o Borussia. Remate por cima.
49,40 - Bola na barra da baliza do Real. Sorte para os merengues
52,00 - Canto a favor do Dortmund. Nada resultou
55,00 - Real não consegue desfazer a muralha defensiva do Borussia
56,00 - Duas substituições no Real, sai Higuain e entra Benzema. Sai Fabio Coentrão e entra Káká
61,00 - Grande defesa de Lopez negando autenticamente o golo ao Borussia
62,30 - O carrasco alemão do Real rematou de cabeça, ao lado
64,00 - Grande corte de Sergio Ramos. Real Madrid em apuros
66,00 - Remate de Di Maria ao lado
67,00 - Saiu Xabi Alonso entrou Khedira na equipa madrilena
69,00 - Cristiano defronte da baliza remata por cima
70,00 - Centro de Káká mas Di Maria não chega
71,00 - Remate de Káká ao lado a centro de Di Maria
75,00 - Real há muito que já se encontra eliminado. Não consegue desmontar o jogo do Dortmund
75,30 - Grande oportunidade para o Borussia
78,00 - Amarelo para Sergio Ramos
80,00 - Novo cartão amarelo para o Real. Desta vez foi Khedira a cometer a falta
82,30 - Golo de Real Madrid. Benzema foi o seu autor após uma jogada corrida e a passe de Ozil
84,00 - Nova oportunidade para o Real. Defendeu o guarda redes alemão
86,00 - Substituição no Borussia. Saiu o marcador de serviço na Alemanha
87,00 - Dois cantos para o Real. Um deles com grande defesa do alemão
88,00 - Segundo golo do Real. Sergio Ramos foi o marcador
90,00 - Jogo parado por lesão de um jogador alemão
90,30 - Substituição no Dortmund
92,30 - Canto contra o Borussia. Remate ao lado
96,00 - Termina o jogo. Borussia vai à final da Liga dos Campeões. Merecidamente!
O Real Madrid acaba por ser eliminado muito por culpa própria tendo em conta as oportunidades que desperdiçou, especialmente na primeira parte. Por outro lado o Borussia de Dortmund merece esta final por aquilo que jogou. Não tendo um futebol muito nbonito foi claramente mais eficaz que a equipa merengue.
Para o Real apenas uma frase "cliché": para o ano há mais!
Gostava de entender como é que determinados ministros e outros governantes tomam certas decisões. Será que ninguém os aconselha? Que ninguém os chama a atenção para as consequências das suas decisões? Afigura-se-me importante perceber isto…
Pensei nestas questões, este Domingo enquanto viajava de Castelo Branco para Lisboa pela A23. Uma auto-estrada que serve o interior do país… às moscas! Literalmente!
Entrei nesta via por volta do quilómetro 140 no sentido da A1. Final de semana após um feriado, a que muita gente associou a ponte de sexta feira, e portanto razão mais que suficiente para haver algum trânsito.
Nada disso! Durante a quase centena e meia que meou a minha entrada até à Auto-estrada do Norte, pude contar as viaturas que passaram por mim. E nem se poderá dizer que vinha depressa, pois conduzia uma carrinha velha e jamais ultrapassei os 90 quilómetros hora.
Curiosamente pouco depois de Castelo Branco a A23 é ladeada durante alguns quilómetros, pela antiga estrada que servia e serve a capital da Beira Baixa. E pude ver como essa via à mesma hora apresentava um tráfego mais que razoável.
Percebi que a questão das portagens demasiado caras desta Scut tornara-se o principal óbice para a sua maior utilização. Dei por mim a fazer contas… e a descobrir que a decisão da imposição de portagens, fora tudo menos… sensata.
Sempre defendi, num país pobre como o nosso, a filosofia do utilizador-pagador. Porém onerar desta forma as vias, foi um feitiço que se virou contra o feiticeiro…
E a pergunta mantém-se: ninguém no governo sabe fazer contas? Ninguém estudou os custos de tal decisão? É preferível manter a A23 para uma meia dúzia de utilizadores (incluindo eu!!!), enquanto os restantes automobilistas regressam às estradas nacionais com os riscos inerentes a essa escolha?
Não seria preferível diminuir o preço das portagens para um terço do custo actual, originando com isso o quádruplo da receita?
Posso não perceber de muita coisa, mas sei fazer bem contas.
Se alguém aguardava que do Congresso do PS saísse um “ovo de Colombo”, que desse a Portugal uma nova esperança, enganou-se redondamente.
O líder dos Socialistas acabou por assumir que com o PS no governo o rigor e os sacrifícios não desapareceriam. O que equivale dizer, substituir o governo mas não as políticas de austeridade. Ou melhor, mudar tudo para tudo ficar na mesma… No entanto não creio que esta alteração, neste momento,fosse a melhor solução para um país profundamente triste e desiludido.
Acaba-se assim por concluir que, a grande questão dos nossos políticos, é que falam bem mas dizem… muito pouco. E Portugal não tem necessidade de gente assim. Precisamos de quem trabalhe, de quem se debruce sobre os reais problemas da nossa sociedade e lhes dê solução permanente. O Governo, como “testa de ferro” da Troika, apela aos consensos, especialmente com o PS. Este, porém, foge “como o Diabo da cruz” desses desejos, porque não quer ficar irremediavelmente preso às políticas de austeridade e cortes na despesa. E desta forma vamos adiando soluções
…
Os partidos mais à esquerda, sem qualquer representação governativa, tentam passar a mensagem que com eles na liderança deste país, os problemas seriam solucionados como se de magia se tratasse. A meu ver um erro de estratégia política que o PCP e o BE não conseguem evitar. Mas entende-se o porquê.
O país adormece e acorda constantemente com um pesadelo, impossível de controlar e debelar. E não há Seguro que “nos” acorde e acuda.
O regresso à cidade, após dois dias em terras beirãs, transtorna-me sempre. Porque gosto da pacatez dos dias, do vento revolto sacudindo com dureza as oliveiras em flor, dos silêncios que todos respeitam.
Nesta época de Primavera rejuvenescedora, após uma invernia de que não há muita memória, a erva verde e viçosa, cresce dia a dia alastrando os campos, dando-lhes outros tons e cores. No prado as ondas correm conforme sopra o vento.
Uma cobra acorda de um longo sono e esgueira-se parede abaixo em busca de comida. Um rato do campo vinha mesmo a jeito, Mas um pardal ou dos seus indefesos filhos, ainda melhor. Mas há que lutar pelo repasto. Todavia nesta altura a concorrência não parece ser demasiada.
As aves livres ainda de qualquer ameaça, vão compondo o novo ninho, para receber as crias. Nas margens dum pacato ribeiro algumas rãs vão dando sinal da sua presença. Os grilos cantam à desgarrada com as cigarras, melodias sonoras da Natureza.
Uma pedra perdida torna-se poiso ideal para me sentar e… escutar. Puxo a pala da boina para a frente e mergulho naquele ambiente campestre que me vai amenizando dos dias sombrios da cidade. É disto que eu gosto… E da água que nasce do ventre da terra e surge como vida nova.
Numa velha mina de água, bebe-la é privilégio de muito poucos. Fresca, cristalina, pura, sabe à liberdade que a trouxe até ali. E não pára. Porque o caminho faz-se caminhando como diria Pessoa. É a vida em todo o seu esplendor.
É por tudo isto e muito mais que nunca me apetece regressar!
Longe de Lisboa, o país não parece o mesmo. Exceptuando um ou outro caso, a vida na aldeia corre como as ribeiras após a invernia rigorosa, pacatamente, procurando novos destinos…
A crise assim de repente nem parece ter aqui chegado.
A mesma azáfama de tantos dias passados, o mesmo corrupio de tempos de vagas mais gordas. Bebe-se igualmente o vinho nas adegas dos amigos e compadres, acompanhado de azeitonas já curtidas. E o presunto tem ainda o gosto de tempos idos.
Fala-se ainda das searas a crescer ou da erva demasiado alta para o gado comer. Repara-se na oliveira centenária e na chora que parece querer já despontar após uns dias soalheiros. E as cerejeiras crescem viçosas e repletas de folhas novas. Os borregos saltitam contentes por entre o rebanho enorme que serenamente vai rapando o que resta do chão.
Uma trovoada inesperada rega campos e homens. Paira agora no ar, um perfume a terra molhada. É o Abril de águas mil a fazer das suas. Uma mulher de luto vestido, carrega num braçado as couves de algum jantar. Passa junto à taberna onde o homem vai beberricando copos de vinho. De dentro vê a sua Maria e vai desfilando desculpas para regressar a casa.
Um cão ladra, um gato atravessa a rua estreita em correria galgando as escadas para um patamar, a fonte vai continuamente jorrando a água que ninguém aproveita e que se vai escoando para a ribeira.
Neste Portugal profundo a crise é algo que só aconteceu aos outros… da cidade!
Li algures que o Papa Francisco, uma destas manhãs, encontrou um dos tradicionais guardas suíços e obrigou-o a sentar-se e deu-lhe a comer pão e presunto. O guarda tentou, em vão, negar o pedido e a oferta mas perante a insistência de Sua Santidade o guarda acabou por aceder à vontade do chefe da igreja.
Este episódio que carece naturalmente de confirmação, mas a ser verdade, é o exemplo de como um Papa é antes de mais um homem. Com sensibilidade e preocupação, o Bispo de Roma toma a iniciativa de chamar as pessoas a si. É também uma forma de envangelização. E provavelmente nos tempos que correm a melhor.
O Papa Francisco tem sido, desde que assumiu a cadeira de S.Pedro, um exemplo de como a igreja deve olhar e servir os fiéis. E não servir-se deles, como tem feito quase sempre, até aqui. Como é sabido sou católico, mas penso com a minha cabeça e percebo que a igreja como entidade está a anos luz daquilo que foi criada.
É necessário dar às pessoas a esperança que precisam. Dar conforto espiritual que necessitam. Dar a mão a quem dela requer. A igreja como instituição está muito virada para si mesma, olvidando que, sem fiéis, aquela tende a desaparecer.
Pode ser que neste novo magistério, chefiado por um argentino, consigamos ver a igreja católica mais próxima dos leigos e por conseguinte mais próxima de Deus e de Jesus Cristo.
O desfecho da primeira mão das duas meias finais da Liga dos Campeões era no início… impensável. Oito golos contra apenas um foi um saldo altamente negativo nas contas espanholas (já não bastava as outras!!!).
Quando o sorteio ditou alemães contra espanhóis ninguém, no seu juízo perfeito, imaginaria que tanto o Barcelona, ontem em Munique, como o Real, hoje em Dortmund, fossem copiosamente derrotados.
Mas o futebol é fértil neste tipo de acontecimentos. Mesmo jogando a segunda mão fora, as equipas germânicas tem o caminho aberto para disputarem a final no renovado e mítico estádio do Wembley, em Londres.
Dificilmente a equipa catalã e a equipa merengue conseguirão dar a volta a um resultado tão adverso.
Portanto desta vez a ameaça é real: alemães vão invadir Londres no próximo dia 25 de Maio
Iniciam-se hoje as meias finais da Liga dos Campeões, com um apetecível Bayern – Barcelona.
Há quem defenda que no actual contexto a equipa bávara será talvez a mais robusta e fiável de todas as quatro ainda presentes. Mesmo não tendo campeões do mundo ou da europa nas suas fileiras, o Bayern Munique vai-se apresentar muito forte. Com o campeonato decidido os alemães viram-se agora as baterias para a conquista da Liga dos Campeões, troféu que lhes foge desde a época 2000/2001m quando venceram o Valencia nas grandes penalidades.
Todavia o adversário desta noite é um daqueles “crónicos” vencedores (o FCBarcelona já ganhou este troféu do quatro vezes) e não vai facilitar a vida ao Bayern. Já com a Messi a 100 por cento a equipa catalã tentará fazer justiça ao temor que costuma impor aos seus adversários.
Prevê-se assim um jogo aguerrido e de resultado muito incerto. E claro com bom futebol!
Há muitos anos em diversos jornais diários havia um secção a que se chamavam: “Descubra as diferenças”.
Dois desenhos eram colocados lado a lado. Aparentemente pareciam iguais… No entanto apresentavam algumas diferenças. O divertimento residia em descobri-las.
A foto debaixo lembrou-se esse tempo… Será que conseguem encontrar as diferenças?