Esta intempérie que ultimamente temos observado em Portugal continental faz-me lembrar em tudo os Açores. Ao que parece o anti-ciclone assentou arraiais em Portugal e daqui não quer partir.
O tempo está diferente, muito diferente. No princípio do ano lia-se que 2008 seria de seca grave. Porém já choveu mais esta Primavera que durante todo o Outono e Inverno. Há a nível mundial uma quantidade de fenómenos que ninguém quer ver e que têm origem nas alterações climáticas. Os países em vias de desenvolvimento não querem, por seu lado, abdicar das suas estruturas e todo o planeta está a pagar por esses erros. Claro está que os países ricos que fornecem aqueles de petróleo e tecnologia também não se mostram interessados em rever as suas posições perante o ambiente global do planeta.
A comunidade científica já alertou alguns governos para as consequências das suas atitudes pouco responsáveis. No entanto ninguém quer crer que algo está a mudar!
Desde que me lembro que gosto de coisas mais velhas do que eu. É uma mania como outra qualquer...
Recordo-me ainda adolescente de pedir à minha avó algumas chaves velhas que ela tinha no meio de muita trapalhada. Essas chaves ainda hoje as guardo. Abrem simplesmente as portas da minhas memórias. Mais atrde foram-me chegando às mãos outras peças que eu guardei com muito carinho.
Fui assim desenvolvendo uma paixão por objectos quase inútes para a maioria das pessoas mas com muito valor para mim especialmente na sua história ...
E é aqui que começa mais profundamente o meu gosto. Na história das coisas. Eles carregam consigo para além da patine dos anos passados um conjunto de momentos e situações que jamais seremos capazes de imaginar. Pela minha casa vou assim espalhando esses testemunhos de tempos vividos. E o pior é que os meus amigos e familiares vão passando palavra e hoje tenho um conjunto imenso de bens que começam a fazer da minha casa um lugar com parco espaço. Já fiz inclusivamente um sotão para lá colocar uma mini colecção de rádios antigos (os mais velhos datam de 1937) e alguns dos meus relógios (vidé post mais abaixo). Perguntam-me muitas vezes: fazes colecção? À qual eu respondo, invariavelmente: Não, sou apenas um ajuntador.
Todavia há no meio destas peças algumas que guardo com mais ternura; cai neste exemplo as velhas chaves da minha avó, como seria natural, um rádio Phillips e diversas peças de loiça.
Já houve quem me perguntasse o porquê deste gosto, para muitos idiota. A minha resposta é quase sempre a mesma: não são os objectos que são velhos, somos nós é que temos idade.
Quero com isto dizer o seguinte: eu posso ter algo muito velho mas se nunca tiver sido usado é como se fosse novo.
Nós, pelo contrário, usem-nos ou não, seremos um dia (os que lá chegarmos, claro!) velhos... e quantos de nós sem história para contar.
NÃO DEIXES QUE O TEMPO TE CONTROLE! USA-O PARA TERES PRAZER: -NA VIDA! -NO QUE FAZES COM ELA! DEIXA-TE LEVAR... O TEMPO É UM CARRASCO. SE LHE DAMOS MUITA ATENÇÃO... DESFAZ-NOS! DESPREZA-O, SE PUDERES... VIVE INTENSAMENTE! APENAS. É ESTE O TEU TEMPO!
PS: PARA O MEU QUERIDO AMIGO JOSÉ DA XÃ, QUE TENHO O PRAZER DE CONHECER! C.
Sou um apaixonado por relógios. Tenho em minha casa uma quantidade deles, de todos os géneros e feitios: de parede, de bolso, de pulso, de capela, velhos, novos, uma panóplia deles. Mas a maioria ou não trabalham ou estão atrasados ou adiantados. Raro é o que está certo. Mas eu gosto deles assim. Eles representam a minha vida. Por vezes sinto-me parado, inerte como se tivesse morrido (os parados), outras exibo uma vivacidade e uma juventude que nada pára à minha frente (os adiantados) e algumas vezes estou tão triste, tão aborrecido, tão amorfo sem muita vontade de andar por aí (os atrasados). É assim que eu vejo os meus relógios. Eles representam o meu estado de espírito e gosto que eles me mostrem esse sentido. Muitas vezes dou comigo em frente a um deles a escutar o seu tic-tac compassado como se ouvisse a mim mesmo. Nesse instante recorro da minha memória e viajo pelo meu passado e procuro badaladas que me acordem. É uma experiência bem curiosa e que eu adoro sentir. Os relógios, para além das horas que me mostram, ajudam-me no balanço dos meus sentidos. Talvez seja por isso que em minha casa apenas haja um relógio certo. Para chegar a horas ao emprego, basta!
É sempre uma experiência enriquecedora ir ver representar. AInda por cima Shakespeare. Porém em 97 minutos (mais ou menos) assistir a todas as obras do dramaturgo inglês é obra! O teatro é pequeno mas acolhedor. E os três actores têm com o público uma relação muito próxima (por vezes demasiado). Foi a segunda vez que vi este espectáculo e considero-o fantástico. Invulgar mas com grandes actores (que o diga o Simão Rubim). Este é o 12º ano de apresentação desta peça. Para o ano vai para a faculdade.
Hoje tive uma conversa interessante com um amigo meu que não gosta de futebol! Disse-me que não gosta, porque é um jogo instintivo, que não carece de qualquer teorização prévia. Ninguém precisa de ser inteligente para jogar! Podem treinar e aperfeiçoar técnicas, mas em campo, acabam sempre por fazer o que instintivamente sejam capazes. Eu não sou nada entendida em futebol! Gosto de jogos decisivos, tipo o de hoje! Quem ganhar fica com a taça! De facto, pensando bem, acho que o meu amigo tem razão! É tudo somente uma questão de habilidade... o resto, programas “ad náusea” para dissecar e teorizar sobre futebol, é unicamente espaço para justificar publicidade. O pior é que há quem siga e devore esses programas! Por mim, podem acabar hoje e passarem a discutir coisas que realmente interessam. Jogo, é jogo!
Vai o nosso PM descansadinho para a Venezuela num avião português e é apanhado a dar umas passas num cigarro (vidé post PM mais abaixo). Depois uma quantidade de elementos da comitiva são transportados num helicópetro com capacidade para metade das pessoas. E para terminar no regresso demoram "só" quatro horas a chegar ao aeroporto onde um avião os aguardava.
Isto perece-me que se tornou na viagem mais atribulada que há memória. Será que o Hugo não terá feito isto de propósito. Pelo menos as duas últimas partes... É o que parece!
Eu sinceramente, se fosse PM nunca mais ia à Venezuela. Aquilo não se faz nem ao Bush. Já sei que somos pequeninos, mas também não é assim que se tratam as visitas.
Realmente não compreendo as atitudes dos governantes venezuelanos.
Será que eles têm necessidade de mão de obra barata? Mas esta também não é qualificada...
Eu estou muito triste com aqueles senhores do outro lado do Atlântico!
Nunca mais compro gasolina da Venezuela... Está decidido!
Hoje é notícia nos jornais e até na televisão o caso do nosso primeiro ministro ter fumado num avião. Mas alguém tem alguma coisa a ver com isso? Pergunto eu...
Já agora respondo também por ele: o nosso primeiro pode fazer o que lhe der na real gana. Por isso é que ele foi eleito e ainda por cima com maioria. O que equivale dizer que alguns dos leitores deste blogue, que estão indignados com a atitude no sr. PM, terão votado nele.
Mas tomemos o seguinte exemplo: domingo de verão, A2, regresso a casa, seis horas da tarde. Uma fila interminável de carros ocupa toda a auto-estrada do sul até ao Fogueteiro. Chega nesse momento o nosso primeiro vindo também ele de um merecidíssimo descanso no Algarve ao fim da fila. O que é que acontece? Não vai ficar ali horas intermináveis à espera até chegar à ponte 25 de Abril. Obriga sim os batedores da polícia a desviarem o trânsito para deixar passar a viatura do Senhor Engenheiro Independente. Isto é que é prejudicial à nossa sociedade e isto nunca foi notícia...
Agora um cigarrito num avião? Quantos de nós no nosso trabalho em vez de irmos às salas apropriadas de fumo, optamos pelo reservado do WC e puxamos dumas passas apressadas (há clientes à espera a necessitar do reservado, eventualmente para o mesmo)?
Coitado nem um cigarrito deixam o nosso Engenheiro fumar em paz e sossego...
Ontem terminou mais uma época futebolística. Clubísticamente falando, claro! Porém ficaram ainda por resolver os casos do "apito final". Uma vez mais o nosso futebol mostrou como não deve ser a justiça em Portugal. Podemos ver nestes casos o espelho perfeito da nossa sociedade. Que me desculpem os advogados, juizes e outros por estas palavras, mas creio que estes cavalheiros tomaram conta de um sector vital da sociedade e querem manter esse cooperativismo o maior tempo possível. Depois dá no que dá: a PJ às turras uns com os outros, com natural prejuízo para as investigações, os tribunais repletos de processos que jamais resolvem, a justiça lenta que nem caracol. Mas quando surge alguém com vontade de mudar e pretende a força das pessoas, são estas as primeiras a assobiar para o ar, como quem diz: eu? porquê eu?
Um país sem justiça não é país, é anarquia. E esta só existe nalgumas mentes ainda próprias de um neo-socialismo inexistente e impraticável.
Continuamos assim a ser um país de brandos costumes. Quem ganha com isso?